No AMAZÔNIA:
Foi enterrado na manhã de ontem, o colunista social paraense Isaac Soares. Ele faleceu na última sexta-feira, à noite, no Hospital da Beneficente Portuguesa, após passar 15 dias internado, vítima de esclerose e artrose múltipla. Não houve velório, porém o corpo permaneceu na sinagoga Comunal Israelita desde a noite de sexta. Diretores das Organizações Romulo Maiorana (ORM), personalidades, amigos, familiares e admiradores do colunista acompanharam a rápida cerimônia, proferida pelo rabino da comunidade, Moisés Menescani. Às 10h, o corpo seguiu em cortejo fúnebre para cemitério Israelita do Tapanã, onde ocorreu o sepultamento.
Estiveram prestando condolências à familia, a presidente das ORM, Lucidéa Maiorana, os diretores José Edson Salame e José Luiz Sá Pereira, os amigos João Ipojucam, Adenirson Lage, Clara Pinto, Reinaldo Silva Junior, entre outros. Para o jurista Zeno Veloso, em termos de jornalismo social, o Pará perde o homem que quebrou a regra de que ninguém é insubstituível. 'Pode até ser que ninguém seja insubstituível, mas hoje o Pará não tem colunista igual. Podem até continuar o bom trabalho de Isaac, mas substituir, jamais vão conseguir', comenta. Um dos aspectos mais importantes citados por Zeno, que caracterizavam perfeitamente o colunista, era o fato de Isaac abrir sua coluna social para as camadas menos favorecidas. 'As pessoas cujas filhas faziam 15 anos o procuravam para conseguir publicar fotos e, mesmo sem festas glamourosas e roupas chiques, ele publicava', declara. Veloso destaca que as colunas sociais estão bastante diversificadas, com inserções de assuntos que vão da política à economia - e que, porém, Isaac inovava. 'De fato, Isaac Soares popularizou, à nível nacional, sua coluna social, dando espaço à pessoas que jamais teriam esta oportunidade. No final da festa ele dava o melhor presente: um espaço na sua coluna', afirma Zeno, emocionado.
Para o médico e amigo de Isaac, José Luis Salame, o Pará perde um verdadeiro exemplo de vida. 'É sem dúvidade uma grande perda para nossa sociedade. Perdi um amigo que confiava em mim. Mesmo com estado avançado da doença, ela abria o sorriso e dizia: ‘meu médico, não me engane, pois só faço aquilo que o senhor me disser’', conta. Para o médico, as lembranças ficarão bem guardadas e são as melhores.
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