Do UOL Esporte
A polêmica envolvendo o afastamento do árbitro Wagner Tardelli da partida entre Goiás e São Paulo ganhou mais um capítulo na manhã deste domingo. O clube do Morumbi anunciou que rompeu relações com a Federação Paulista de Futebol (FPF) e com seu presidente, Marco Polo del Nero, depois de descobrir que a denúncia de uma suposta tentativa de suborno partiu da entidade.
“Não sei como vai ser daqui para frente. Só queremos uma apuração plena, já que a denúncia partiu lá de dentro. Rompemos relações e, além disso, não há mais clima para qualquer tipo de conversa", disse Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vice-presidente de Futebol do São Paulo, que ainda explicou à reportagem do UOL Esporte que a participação do time no Campeonato Paulista de 2009 não está em risco.
Segundo o cartola são-paulino, a irritação da diretoria tricolor se deve ao fato de nem a FPF e nem o presidente terem falado sobre o caso com o clube. "Antes de ir à CBF, ele [Marco Polo] deveria ter falado com o seu filiado, ainda mais um filiado importante como o São Paulo. Foi um comportamento inaceitável por parte da FPF. Nosso presidente dentro da FPF deixa o cargo. A afirmação que acabo de fazer é a posição do São Paulo definida após conversa com o presidente Juvenal Juvêncio, que fez todos os contatos possíveis", disse Leco, em entrevista a rádio 'Jovem Pan'
"É uma situação surpreendente, que nos pegou de surpresa, e simplesmente visou trazer instabilidade ao nosso time antes de uma partida tão importante quanto essa. Agora já sabemos como tudo aconteceu nos bastidores. Sabemos que isso partiu do presidente da Federação Paulista de Futebol, com quem já rompemos. Ele gerou um fato que traz suspeitas sobre um grande clube como o São Paulo", continuou.
O próprio site do Ministério Público do Estado de São Paulo já divulgou um comunicado explicando que na última sexta-feira, Marco Polo del Nero "procurou os promotores do Grupo de Atuação Especial de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo da Capital, que atuaram no caso da chamada 'Máfia do Apito'".
"O presidente da FPF relatou, na ocasião, sua preocupação com relação à suposta tentativa de manipulação de resultado do jogo entre Goiás e São Paulo, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, a ser disputado neste domingo", completa a nota, que ainda diz que o MP-SP não vai mais se manifestar sobre o assunto até que ele seja apurado.
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