O leitor Luiz F. Branco faz um apelo contra a barulheira que tantos como ele reclamam, nesta Belém em que muitos mal educados não se comprazem apenas exibir a falta de educação. Além disso, têm prazer em debochar de quantos sentem repulsa pela incivilidade que se esmeram em demonstrar.
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Apelo ao blog Espaço Aberto, à valorosa Polícia Militar, à incansável Polícia Civil, aos Amigos do Silêncio e a quem competir para que façam algo frente a essa avalanche sonora, verdadeiro pandemônio em que se transforma aos domingos o trecho da travessa Mauriti, entre Avenida Senador Lemos e Rua Nova, lugar onde minha família mora há mais de 40 anos. É um inferno. O barulho vem de todo lado, dos arredores. Da própria Mauriti, cujos moradores agora estão criando o vício de colocar mesas e cadeiras na beira da rua, achando-se donos do pedaço, e seus carros com equipamento de som, que estacionam, encarregando-se de acabar com nossas esperanças de ter um domingo sequer sem essa barulheira excretada por seus porta-malas. Já não basta o som altíssimo e irritante que vem de sedes ou bares pelos arredores, os vizinhos agora transformam em pretexto qualquer coisa pra colocar música alta e acabar com as mínimas chances de se ter sossego. O barulho aqui neste quarteirão é tão insuportável que, devido vir de diferentes pontos de poluição, torna-se um ruído alto, sem forma e caótico.
O cidadão está de mãos atadas. Não podemos fazer nada pra melhorar este estado de coisas, já que ligamos insistentemente pra um Disque-Silêncio inoperante, pois é o mínimo que se pode dizer de um serviço criado para não funcionar, já que conta com uma única viatura para atender a toda Grande Belém. Estamos, assim, ao deus-dará. Não há autoridade em Belém que resolva este grave problema de barulheira, seja no âmbito municipal ou estadual. Não temos, assim, uma cidade dita civilizada, justamente agora, época de eleições municipais, em que ouvimos promessas as mais variadas de que as coisas vão melhorar pra nós, cidadãos de quarta categoria, pois é assim que as autoridades nos enxergam, já que não temos direito sequer ao sossego nos fins de semana.
Luiz F. Branco
lwizfb@hotmail.com
Bairro da Pedreira
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