sábado, 27 de setembro de 2008

Flexa comunica denúncias

No AMAZÔNIA:

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, Raimundo Flexa, encaminhou ontem à presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Albanira Bemerguy e para Corregedora de Justiça da Região Metropolitana de Belém, Luzia Nadja Nascimento, ofícios relatando o teor do depoimento de José Augusto de Souza, ex-colega de cela de Chico Ferreira e Luiz Araújo, condenados pela morte dos irmãos Ubiraci e Uiraquitã Novelino. O preso afirmou durante os três julgamentos do ex-radialista e na última quinta-feira em depoimento ao juiz e ao promotor Paulo Godinho, que Luiz Araújo teria encomendado a morte dos dois e ainda do advogado Roberto Lauria e mais três pessoas da família Novelino.
Raimundo Flexa encaminhou a cópia desses depoimentos junto com os ofícios e cobra que a pena decretada no último julgamento seja cumprida. A exigência do magistrado é que o radialista cumpra os 60 anos em presídio de segurança máxima, com cela adaptada para portador de necessidades especiais.
José Augusto de Souza, conhecido como 'Ceará', disse que chegou entrar em contato com três homens, identificados como 'Cego' e 'Gordo de Curitiba', ambos da capital paranaense, e ainda 'Honorato', segundo ele, 'natural de Redenção e pistoleiro que só pega gente grande'. Os dois primeiros teriam pedido R$ 15 mil para a passagem, mas Chico Ferreira não teria liberado o dinheiro.
O plano começou a ser arquitetado quando o empresário se dizia arrependido das mortes dos irmãos Novelino e o ex-radialista respondeu que o único jeito de contornar a situação era matar o resto da família e os demais envolvidos na condenação. O juiz seria alvejado na frente de sua casa; o promotor, em Novo Progresso, onde atua na zona eleitoral; Bira Novelino Filho seria assassinado enquanto praticava cooper na avenida Doca de Souza Franco; Alessandro Novelino seria atraído para uma reunião e o pai, Bira Novelino, seria morto em Vigia, onde teria comprado uma propriedade, onde atualmente estariam, segundo 'Ceará', 'Cego' e 'Gordo de Curitiba'.
O juiz preferiu não falar com a imprensa. O promotor de Justiça Paulo Godinho afirmou que as denúncias seram devidamente apuradas e 'que apesar das ameaças, não se intimida'.
Bira Novelino disse que teme pela vida da família e reforçará a segurança. 'Depois do que eles fizeram, a gente não duvida de mais nada', declarou.

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