quarta-feira, 7 de maio de 2008

Rebelião e incêndio em cadeia feminina


No AMAZÔNIA:

Detentas do Centro de Recuperação Feminino (CRF) de Ananindeua se rebelaram na noite de ontem. As 144 mulheres que estavam presas na área de contêineres do CRF tocaram fogo em colchões e roupas em protesto contra a falta de água no local problema que ocorrida desde a manhã de ontem. Pelo menos 50 homens da Polícia Militar e diversas viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao CRF para conter a rebelião. Com o fogo, várias detentas tiveram queimaduras leves. Pelo menos uma mulher teria ficado com queimaduras graves. A direção da casa penal e representantes da Superintendência do Sistema Penal (Susipe) estivam no local na noite de ontem, mas não receberam a imprensa.
O fogo começou dentro do CRF por volta das 19 horas de ontem. De acordo com o tenente PM Sead, cerca de 30 policiais da 3ª Zpol foram enviados ao centro de recuperam para conter a rebelião. Outros cerca de 20 policiais da Ronda Tática Ostensiva Metropolitana (Rotam) também foram enviados ao centro para ajudar na contenção das presas rebeladas. A PM chegou ao centro junto com diversas viaturas do corpo de bombeiros. Ainda havia fogo e segundo o oficial da PM várias mulheres ficaram com queimaduras leves e pelo menos uma delas ficou com parte do corpo queimado.
O tenente Barros, oficial da 3ª Zpol, que estava no CRF, contou que a detentas tocaram fogo em colchões em protesto contra a falta de água. A bomba d’água que abastece essa parte do Centro de Recuperação teria quebrado pela manhã. Como o alojamento das detentas é de ferro e concreto, o calor estaria insuportável e a rebelião foi a forma encontrada por elas para chamar atenção das autoridades e conseguir a transferência. A ala carcerária dos contêineres, segundo a PM, teria ficado bastante destruída.
Fontes ligadas ao CRF contaram que as condições do local são subumanas. Um total de 144 detentas estão abrigadas em uma ala do CRF construída em contêineres marítimos. Com o calor comum da região, várias presas costumam passar mal, situação que teria ficado insuportável ontem devido a falta de água.
Por volta das 21 horas, a rebelião já havia sido contornada. A imprensa não teve acesso a área incendiada, nem a lista com os nome das presas rebeladas e feridas. A equipe de reportagem tentou contatar a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, órgão ao qual à Susipe é vinculada, mas não obteve resposta.

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