quarta-feira, 21 de maio de 2008

Perigo na porta da UFPA


No AMAZÔNIA:

Arrastões nos portões da Universidade Federal de Belém chegaram ao limite do suportável. É o que garante o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPA. Segundo relatos dos estudantes, todas as noites a partir das 20h, os bandidos promovem assaltos diante dos três portões da instituição. 'Isso é o resultado do descaso da Prefeitura de Belém e do Governo Estadual. Não temos mais sossego, a violência impera diante dos olhos dos militares, que nada fazem', garantiu Fabrício Gomes, do DCE.
Ainda de acordo com os estudantes, na segunda-feira à noite, um grupo de bandidos portando armas brancas invadiu um ônibus e levou os pertences de todos os ocupantes. 'Todos os alunos da Ufpa têm uma história de assalto para contar. Isso já é rotina, mas nós não podemos nos acostumar com a violência, temos que reagir, protestar', declarou Marcos Lins, estudante de comunicação.
O relato dos alunos é confirmado pelos moradores das cercanias da universidade, que, segundo eles, estão cansados de socorrer estudantes recém-assaltados. 'Eu tenho pena deles (estudantes), já vi assaltos muito violentos. Já ajudei a muitos jovens que ficam com os nervos alterados depois que são assaltados. Na semana passada, o pai de um deles teve que vir aqui em casa para buscar o filho, pois o nervosismo dele era tanto que não dava para pegar um ônibus', contou um morador que não quis ser identificado.
'Eu acho engraçado é que todo mundo sabe disso, e a polícia não aparece nem para botar medo nos bandidos. A gente vê arrastão todas as noites. De vez em quando estudantes passam correndo atrás de bandido por essa rua', relatou a dona-de-casa Elizangela Queiroz. 'O horário é sempre o mesmo. Pode vir depois das 22h que dá para ver assaltos adoidado', concluiu.
A assessoria de imprensa da Universidade Federal do Pará não se pronunciou sobre o assunto, mas o delegado Carlos Alberto Antunes, da seccional do Guamá, que fica há poucos metros da UFPA, garantiu que há rondas regulares no local. 'Não sei nada disso. Todos os dias até a meia-noite fazemos ronda pelos portões da universidade', garantiu.

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