quinta-feira, 15 de maio de 2008

“Paz no Campo” volta ao debate em audiência em Redenção

A Operação Paz no Campo, deflagrada pelo Governo ainda em 2007 e que culminou com denúncias de violência contra trabalhadores rurais no sul do Pará, volta mais uma vez ao foco em audiência pública nesta quinta-feira, no município de Redenção. Convocada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, presidida pelos deputados Bernadete Tem Caten (PT) e Arnaldo Jordy (PPS), a audiência deve colocar frente a frente autoridades e agricultores envolvidos nos acontecimentos que resultaram em torturas, agressões e prisões de trabalhadores.
Realizada conjuntamente pelo Exército, polícias Militar e Civil e outros órgãos públicos no Estado do Pará, a Operação Paz no Campo teria como objetivo atuar frente a milícias armadas na região. A ação, no entanto, acabou denunciada por integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Programa Estadual de Proteção de Defensores de Direitos Humanos, que recolheram depoimentos de lavradores relatando a prática de tortura por parte dos policiais que atuaram em uma das áreas do complexo Forkilha, em Santa Maria das Barreiras, no sul do Estado. Os trabalhadores foram submetidos a espancamentos, afogamentos e sufocamentos com sacos plásticos para que revelassem a existência de armas em seus acampamentos.
Confirmaram presença na audiência o senador Flexa Ribeiro (PSDB); os deputados federais Giovanni Queiroz (PDT) e Zequinha Marinho (PMDB); a representante da OAB Nacional, Mary Cohen; da SDDH, Marco Pólo; do Núcleo de Advogados do Povo, Felipe Nicolau; da Liga dos Camponeses Pobres, Nillo Halla; do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos, Raquel Scarlatelli. Entre os órgãos governamentais, são esperadas as presenças de representantes da Segup, da Seju, do Iterpa, do Incra, do Ibama, do Ministério Público, do TJE e da Ouvidoria Agrária.
Além da Fazenda Forkilha, também estarão representados na audiência pública em Redenção os assentamentos Bradesco, Vaca Branca e demais comunidades alvo da operação.

Fonte: Gabinete do deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS)

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