O cura da Catedral Metropolitana, padre Gonçalo Vieira, esperou o Dia das Comunicações, que transcorre neste domingo, para responder – e responder acidamente – às críticas veiculadas pela Imprensa por ter tratado de forma pouco civilizada repórteres que foram cobrir a Missa dos Santos Óleos na co-Catedral do Carmo, no final de março passado.
O sacerdote, segundo matérias publicadas nos jornais de Belém, deu ordens para barrar a entrada de jornalistas no templo, sob a alegação de que o ajuntamento deles, às proximidades do altar, atrapalharia a celebração.
Na homilia deste sábado (03), durante a missa das 17h, o sacerdote disse que as referências a ele não passavam de “mentiras”, afirmou que apenas havia uma corda em certa área do templo para disciplinar o trabalho de cobertura da Imprensa e disse que “o que eles [repórteres] queriam era bagunçar a celebração, o que estão acostumados a fazer”.
Padre, os repórteres não queriam bagunçar. Queriam trabalhar. Queriam divulgar as atividades da Igreja Católica. Foram escalados para fazer a cobertura jornalística de evento litúrgico dos mais relevantes durante a Semana Santa.
Se a bagunça a que o sacerdote se refere consiste em repórteres – fotógrafos e cinegrafistas, sobretudo – correrem daqui pra li e de lá pra cá, em busca de ângulos mais propícios para a tomada de imagens, então conviria ao curato divulgar amplamente, antes da celebração, quais seriam as regras do jogo.
E quanto as críticas veiculadas, o sacerdote poderia exercer o direito de respondê-las no dia seguinte. O status das funções que o padre exerce garantiria a ele, certamente, o espaço adequado para que expusesse sua versão sobre o que aconteceu. Se não o fez, é porque achou conveniente manter-se em silêncio.
E agora, como a mágoa ficou acumulada, talvez o padre tenha se excedido ao exercer o direito de defesa.
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