O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, deputado José Megale, garante que não existe possibilidade, por mais remota que seja, de que venha a fazer uma retratação pública das críticas que fez ao governo do Estado, para evitar que seja alvo de uma representação do PT por suposta quebra de decoro parlamentar.
“Isso [a retratação] é uma exigência graciosa. Eu não vou me retratar porque não fiz nada que enseje uma retratação. Exigir que eu me retrate, depois de críticas que fiz da tribuna da Assembléia, no exercício do meu mandato, só pode ser fruto do desequilíbrio e do desespero do PT”, diz Megale ao blog.
O PT alega que o deputado incorreu em quebra de decoro porque, em pronunciamento na Assembléia, no dia 29 de abril passado, disse que o governo do Estado “fala meias verdades ou é mentiroso e não cumpre o que diz”. O tucano sustenta que apenas mencionou “fatos que envolvem o governo do Estado.”
DENÚNCIAS - Megale repetiu ao blog, em resumo, os argumentos que expôs durante o pronunciamento. Para usar os qualificativos que usou contra o governo Ana Júlia, ele se referiu às denúncias do bispo do Marajó, dom José Luiz Azcona, para quem há uma situação de desgoverno no Pará; às declarações da presidente da Vale, Roger Agnelli, para quem o governo do Estado vem sendo “irresponsável, incompetente e omisso”; e às críticas do presidente do Sindicato da Indústria Madeireira do Sudoeste do Pará, Luiz Carlos Tremonte, que acusou a governadora de “trair” os empresários do setor madeireiro.
Megale também ressaltou ter mencionado, durante o pronunciamento, ser inverídica a informação do governo do Estado, divulgada à época do caso da prisão da menor L., em Abaetetuba, de que o governo federal destinaria R$ 90 milhões para a Segurança Pública do Pará. Para fazer tal afirmação, Megale ressalta que se amparou em informações prestadas pelo próprio secretário de Segurança, Geraldo Araújo, durante sessão especial na Assembléia.
“Como se vê, eu apenas mencionei fatos. Vou me retratar de quê?”, questiona o líder tucano.
2 comentários:
Tou achando essa coisa toda muito sem sentido. Um deputado não pode chamar uma governadora mentirosa de mentirosa que isso desperta a fúria dos governistas, que lhe ameaçam com um processo por quebra de decoro. A deputada regina barata, falastrona, desbocada, meleducada e exibicionista não pode chamar o vice-governador imbecil de imbecil que é repreendida. Não acham que é muita falta de tolerância e até frescura essa turma se melindrar quando se lhes chamam pelo nome?
O posicionamento do deputado Megale está corretíssimo. Desde quando falar a verdade é quebra de decoro?
A não ser que essa conduta do PT faça parte do conceito de mudança que eles tanto pregam.
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