terça-feira, 20 de maio de 2008

Motim e terror em cadeia de Icoaraci


No AMAZÔNIA:

Presos da Seccional de Icoaraci se rebelaram, no final da manhã de ontem, depois de serrarem as grades do cárcere da unidade policial. Eles pretendiam fugir, mas o plano de fuga foi abortado a tempo pela equipe plantonista.
Segundo a Polícia Civil, os 32 presos recolhidos na única cela da seccional começaram a gritar bastante por volta das 11h30. A confusão chamou a atenção dos policiais. Os detentos de justiça ainda ameaçaram matar um dos colegas de cela, em virtude da superlotação da carceragem, que tem capacidade para apenas 10 detentos.
Um dos investigadores foi verificar o que acontecia em meio a tantos gritos, quando descobriu que duas barras de ferro do portão principal estavam serradas e a qualquer momento os presos poderiam sair pela abertura, o que acabou não ocorrendo. Na noite anterior, os plantonistas já haviam encontrado três pedaços de serra dentro do cárcere. A polícia não sabe como os detentos conseguiram terminar o serviço durante a manhã. Eles ainda serraram parte do gradeado da abertura de ventilação da cela.
Muito agitados, eles só foram contidos depois da chegada do reforço da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), por volta de meio-dia. Os 32 detentos tiveram de ser retirados na cela e levados para o pátio aos fundos da seccional. Debaixo do sol quente, não paravam de gritar para chamar a atenção dos policiais militares, que reagiram com sprays de pimenta.
Os policiais civis fizeram rapidamente uma revista na carceragem para verificar a existência de outros objetos que pudessem facilitar a fuga. Uma 'teresa' - tipo de corda de pano feita para escalar paredes - estava entre as roupas e objetos pessoais do local. Até as 13h, o soldador não havia chegado para fazer o conserto da cela. Apesar disso, os presos foram abrigados no espaço sob vigilância dos policiais.
Três pessoas foram submetidas a um Termo Circunstanciado de Ocorrência por terem comandado o tumulto e perturbado o trabalho dos policiais civis. São eles: Ediele da Silva Neves, Jorge Elias Santos da Silva e Heuleris Ferreira Paixão.

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