Morreu na tarde desta sexta-feira (9), no Rio de Janeiro, o jornalista e político Artur da Távola, do PSDB. As causas da morte ainda não foram divulgados pela família. Atualmente, ela era reitor de uma universidade e diretor da rádio Roquete Pinto FM.
O jornalista Paulo Alberto Artur da Távola Moretzsohn Monteiro de Barros começou sua vida parlamentar em 1960, como deputado federal do PTN pelo antigo Estado da Guanabara. Dois anos depois, ele se elegeu deputado constituinte pelo PTB. Era considerado um político discreto.
Um dos fundadores do PSDB, Távola era um política experiente: foi presidente do partido entre 95 e 97, líder da bancada tucana na Assembléia Constituinte, em 88, e candidato a prefeito do Rio, no mesmo ano. Em 2001, ocupou o cargo de secretário das Culturas do município do Rio, por nove meses. Saiu para assumir a liderança do governo Fernando Henrique no Senado.
Em 98, Távola tentou ser candidato a governador na sucessão de Marcello Alencar, mas o escolhido acabou sendo Luiz Paulo Corrêa da Rocha, fiel escudeiro do então governador. Antes, em 96, já havia sido preterido por Sérgio Cabral Filho na escolha do candidato do PSDB a prefeito.
Em 99, anunciou seu desligamento do partido, que estaria, segundo ele, se distanciando dos ideais da social-democracia. Não chegou, porém, a deixar os tucanos. O mal-estar foi contornado por outros líderes do PSDB, que o convenceram a permanecer na legenda
Paulo Alberto foi cassado pelo regime militar e, no período de 64 a 68, viveu na Bolívia e no Chile. Na volta ao país, passou a usar o pseudônimo de Artur da Távola.
Ele era o mais antigo funcionário em atividade da Rádio MEC, onde estreou em 1957 e apresentava um programa sobre música clássica. Durante 15 anos, assinou uma coluna sobre televisão em O Globo. Trabalhou também na extinta Bloch Editores, que editava a revista Manchete, e em O Dia.
Fonte: G1
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