No AMAZÔNIA:
O lateral-direito Marquinhos esteve no final da tarde de ontem numa clínica radiológica para receber o exame da ressonância magnética a que se submetera três dias antes. No dia 28 de março, 48 horas antes da semifinal do primeito turno contra o Águia, ele sentiu-se mal durante um treinamento na Curuzu. A taquicardia, que poderia ser encarada como uma reação normal de um atleta de alto nível, para ele era o sinal de que o problema que o atrapalhou há quatro anos atrás voltara. Hoje de manhã Marquinhos se reunirá com os membros do departamento médico do Paysandu para saber se poderá ou não continuar jogando futebol profissionalmente.
No estacionamento da clínica, onde lia o resultado do exame e admitia que não sabia se ficava alegre ou triste pois não entendia os termos médicos, Marquinhos afirmou que está resignado com a posibilidade de ter que parar de jogar, mas que a ansiedade tem sido intensa nos últimos dias.
'A cada exame que faço me dá uma angústia muito grande para saber da minha real situação. Dá até medo em receber esse exame. A ansiedade nesses últimos dias tem sido muito grande. Estou preparado para não jogar mais, só que minha vontade é enorme em voltar a treinar e vestir a camisa do Paysandu para ajudar meus companheiros'.
Mesmo sem o acompanhamento de nenhum dirigente ou médico do clube ao buscar o exame, o jogador fez questão de defender e elogiar os bicolores. 'O clube está sendo muito correto comigo e estão tendo os cuidados possíveis. É um assunto muito delicado, pois é minha vida e minha carreira que estão em jogo. Em primeiro lugar está minha saúde. Se tiver que largar a carreira de jogadorr para preservá-la eu paro sem problema'.
Em 2004 Marquinhos teve diagnosticada uma hipertrofia no coração quando se preparava para iniciar a temporada no Santa Cruz-PE. Ele passou sete meses de repouso para ser diagnosticado novamente apto a jogar profissionalmenmte. No ano seguinte ele foi campeão da Série C pelo Leão Azul.
Dessa vez, se tiver que parar pelo mesmo período, Marquinhos não consegue vislumbrar um retorno aos gramados. 'Um retorno é algo que ainda tenho que conversar com minha família. É uma decisão muito complicada. Por enquanto penso em parar. Não sei se aguentaria mais sete meses sem jogar'.
'É uma situação complicada, pois cria uma desconfiança entre os clubes. Queira ou não o jogador fica marcado para o resto da carreira', argumenta Marquinhos.
Pensativo, Marquinhos raciocina: 'Sei que todo jogador tem que parar um dia, só não esperava que isso acontecesse precocemente comigo. Mas, não vale a pena correr esse risco'. E finaliza: 'Independente de voltar ou não a jogar já tinha em mente de esse ano começar uma faculdade de Educação Física. Quero ser preparador físico e, quem sabe no futuro, ser treinador'.
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