Na FOLHA DE S.PAULO:
Na comemoração dos 30 anos da greve da Scania, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e ouviu gritos de "1, 2, 3, Lula outra vez" e "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula". Em seu discurso, o presidente lembrou histórias da sua época de sindicalista e afirmou que quer instituir diárias para ministros do governo para "acabar com a sacanagem".
Ao falar das diárias, sem citar os cartões corporativos, ele se referiu a um ex-dirigente do sindicato, membro do Conselho Fiscal, Mariano Paulo Vilaça. "Ele brigava tanto para que as notas do sindicato estivessem em dia, brigava tanto que me obrigou a instituir as diárias no sindicato, coisa que eu quero fazer no governo federal para acabar com a sacanagem."
Segundo assessoria do presidente, a idéia é, após o fim da CPI dos Cartões, instituir diárias de R$ 450 para ministros.
Lula disse que a greve da Scania foi importante na sua formação. "Tenho consciência, companheiros, que devo a minha formação ética, a minha formação política, os meus pés no chão, à maturidade que a categoria impôs." Segundo o presidente, as greves que sucederam a de 1978 foram importantes para a formação da "consciência política" e culminaram na formação da CUT e do PT.
"A greve da Scania foi a primeira grande lição que eu tive na vida. A lição de fazer acordo que não foi cumprido, a lição de ser chamado de traidor, a lição de perder a confiança daqueles que depositaram em alguns momentos os seus destinos nas nossas mãos", afirmou Lula.
O presidente esteve acompanhado dos ministros Marta Suplicy (Turismo) e Luiz Marinho, pré-candidatos às prefeituras de São Paulo e São Bernardo do Campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário