A briga pela realização da Marcha da Maconha ganhou mais um round. No fim da tarde deste sábado (3), o desembargador de plantão do Tribunal de Justiça Ricardo Cardozo de Mello aceitou recurso do Ministério Público, que pede a proibição do evento, marcado para domingo (4), no Parque do Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo. Com isso, a caminhada que pede a legalização da droga está proibida.
No fim da tarde de quarta-feira (30), a juíza Maria Fernanda Belli, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do Tribunal de Justiça, havia indeferido a liminar do MP, que entrou com recurso.
A Marcha da Maconha estava prevista para ocorrer em, pelo menos, dez capitais brasileiras. Entretanto, os organizadores não esperavam ações semelhantes, como a que, na Bahia, conseguiu suspender a passeata.
Em entrevista ao jornalista Milton Jung, da Rádio CBN, o promotor Marcelo Barone afirmou entender a manifestação como incentivo ao uso da droga. “Se eu incentivar alguém ao uso da droga, eu estou praticando uma conduta que é tão criminosa quanto o tráfico de drogas. Incentivar o uso de maconha caracteriza crime previsto na Lei de Entorpecentes.”
Marcelo Luiz Barone, que também se disse contrário à legalização da maconha, disse que essa discussão deve ser travada no Congresso Nacional, e não em via pública. Para ele, o uso de maconha gera criminalidade.
Já o sociólogo Renato Cinco, de 33 anos, coordenador do Movimento Nacional pela Legalização das Drogas e um dos organizadores da marcha, nega que o propósito da marcha seja fazer apologia à maconha.
“O objetivo é debater a necessidade de uma nova legislação sobre a maconha e novas políticas públicas, além de discutir o uso industrial e medicinal da planta. A proibição traz mais prejuízos, porque produz a violência e corrupção das autoridades”, defendeu o sociólogo.
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