sábado, 10 de maio de 2008

Impasse continua no Cefet

No AMAZÔNIA:

O professor Arenales Barroso afirmou, anteontem, que está sendo perseguido pelo diretor do Cefet, Édson Ary Fontes. Com uma pasta contendo cópias de vários documentos, ele procurou a redação do jornal para dizer que já teve até gratificação cortada pela direção da instituição. Em assembléia realizada, na semana passada, para que o diretor explicasse as denúncias feitas contra ele sobre a prática de nepotismo, Édson Ary Fontes teria mais uma vez feito acusações contra o professor, que está vindo a público para respondê-las.
'Ele me acusou de não ter regularizado os cursos de nível superior quando fui diretor de ensino. Porém, é bom que fique claro que ocupei esse cargo apenas durante o período de transição na instituição. E na ocasião, estávamos sobrecarregados com as várias demandas e respostas que tínhamos que dar à Controladoria Geral da União (CGU)', disse Arenales, acrescentando que após a sua gestão de um ano e quatro meses, outros dois diretores passaram por lá, em períodos em que a situação já estava normalizada no Cefet.
O professor Arenales Barroso ficou em 2° lugar na eleição passada para diretor geral do Cefet e afirma que, desde então, está sendo perseguido pelo diretor Edson Ari. Ele publicou um artigo em jornal, em 2005, fazendo duras críticas à política educacional implantada pelo governo federal e, logo em seguida, recebeu um memorando, nº 48/2005- GAB, no qual foi informado que, a partir daquela data seria retirado de seus vencimentos o valor referente à gratificação de Mestrado. Arenales entrou com processo na justiça e, em dezembro do ano passado conseguiu reaver o seu direito.
As denúncias de nepotismo contra Édson Ary foram feitas pelo professor Walber Wolgrand e foram divulgadas na edição do jornal Amazônia do dia 20 de abril. O professor Arenales lamenta que o nome da instituição esteja envolvido em tantos escândalos e lembra que o próximo diretor geral do Cefet, possivelmente, será elevado ao grau de reitor com a transformação da instituição em Instituto Federal de Educação Tecnológica.

Edson Ary dá explicação aos fatos
O diretor do Cefet, Édson Ary Fontes, respondeu a todas as críticas feitas pelo professor Arenales Barroso, afirmando que não há nenhuma perseguição. Ele disse que quando assumiu a direção do Cefet havia vários questionamentos da auditoria da Controladoria Geral da União (AGU). Dentre as quais, havia muitas sobre graduações e títulos de professores, assim como de acumulações incompatíveis de cargos. Na ocasião, foram suspensas gratificações de vários funcionários, e não de um isoladamente.
Édson Ary ressalta que ele mesmo perdeu gratificações e teve que recorrer à Justiça, reconquistando seus direitos anos depois. 'Como diretor eu tinha que cumprir o que estava demonstrado nos levantamentos da auditoria, sob pena de ter que responder depois por conivência. Segundo ele, mais de 45 servidores estavam citados só por acumulação incompatível de cargos. 'Portanto, está claro que não há perseguição alguma', disse o diretor. 'E por que só agora, no período que antecede ao processo eleitoral, está sendo questionado isso?', questiona o diretor.
Com relação a não autorização para que o professor Arenales Santos fizesse Doutorado, ele explicou que só poderia apreciar tal pedido, caso o professor tivesse sido aprovado em alguma universidade. Segundo ele, a autorização é dada posteriormente a aprovação, e não antes.

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