Na FOLHA DE S.PAULO:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uso ontem de seu programa semanal de rádio para declarar-se "indignado" com as referências de que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é eleitoreiro. "O governo não está disputando nenhuma eleição", disse, ao rejeitar o rótulo.
Reportagem da Folha publicada no domingo mostra que o governo driblou o veto da legislação eleitoral a repasses de recursos federais para obras novas nos três meses que antecedem a escolha dos prefeitos e listou por decreto quase 1.800 ações do PAC que terão seus gastos liberados na reta final das eleições. Na reportagem, subordinados do petista confirmam que as obras poderão, sim, ter influência nas eleições.
Já Lula, no "Café com o Presidente", afirmou que interpretações como essa "no mínimo" o deixam indignado. Ele argumentou: "Não tem eleição para presidente da República e não tem eleição para governador. O programa é um programa que o governo federal anunciou com dois anos de antecedência e esse dinheiro agora está gerando aquilo que nós queríamos que ele gerasse: emprego e melhoria na vida das pessoas".
Lula também afirmou que, quando vai a uma cidade, "não quer saber se o prefeito é candidato à reeleição, se o prefeito é do PFL, se o prefeito é do PT ou do PSDB". "Eu quero saber que ele tem uma obra importante para ser feita", afirmou.
Avisou ainda que continuará viajando pelo Brasil e disse que os convênios feitos antes de junho terão que ser executados, porque, segundo ele, "é um absurdo imaginar que as prefeituras têm de parar". "Eu estou andando e vou continuar andando o Brasil para dizer para o povo que o Brasil está dando certo, vai dar certo e por muito tempo", afirmou.
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