Na FOLHA DE S.PAULO:
Como estratégia para a eleição presidencial de 2010, o diretório nacional do PT decidiu ontem deixar para a Executiva Nacional a decisão sobre alianças com partidos de oposição nos municípios onde houver segundo turno, transmissão da campanha na TV e nas capitais. Nesses casos, a palavra final sobre alianças será da Executiva e não mais do diretório estadual.
A decisão pode prejudicar a- cordo que o PT vem costurando com o PSDB em Minas Gerais. O presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), sugeriu que a aliança pode ser vetada se a Executiva concluir que o interesse do acordo em torno de Marcio Lacerda (PSB) para prefeito de Belo Horizonte é aproximar as duas siglas para a disputa de 2010.
"A Executiva pode analisar que o que está por trás é uma tentativa de aproximação política. Como se fosse algo que pudesse apontar para uma aproximação entre PT e PSDB. Não acreditamos que haja ambiente para isso", disse. Apesar disso, afirmou: "Não há veto a priori".
A Executiva do PT é composta por 21 pessoas, a maioria do antigo Campo Majoritário do partido, ala a que pertence o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os integrantes estão Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência da República, e os líderes do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), e no Senado, Ideli Salvati (SC), além do presidente e do secretário-geral do PT, entre outros.
A Folha apurou que a tendência da Executiva, que se reúne no dia 31 para avaliar a situação de Belo Horizonte, é vetar a aliança com o PSDB sob a alegação de que o partido deve ter candidato próprio.
As alianças nos grandes municípios e nas capitais terão de ser aprovadas pelo diretório municipal e pelo estadual antes de chegar à Executiva.
Nas cidades com menos de 200 mil habitantes e que não tenham programa eleitoral na TV, as alianças com a oposição têm de ser referendadas pelo diretório estadual. A Executiva só analisará esses casos quando houver recurso.
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