No AMAZÔNIA:
Pelo menos seis mortes foram registradas nas estradas paraenses durante o carnaval deste ano. Três delas em rodovias federais e três em estradas estaduais, segundo levantamento feito pela reportagem. Este número pode aumentar hoje, uma vez que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não divulgou os resultados da Operação Carnaval 2008 nas estradas do Pará, o que deve acontecer somente de manhã durante entrevista coletiva. Durante todo o período de Carnaval, pelo menos três mortes foram registradas nas estradas federais paraenses. Nas estradas estaduais, um único acidente vitimou três pessoas na noite do último sábado (2). No Carnaval de 2007, de acordo com a PRF, não foram registrados acidentes com vítimas fatais nas estradas federais do Pará. Os números finais da Operação Carnaval serão divlugados na manhã de hoje pela PRF.
O balanço parcial dos acidentes nas estradas brasileiras durante o carnaval confirma a combinação perigosa da imprudência com as pistas molhadas. Nas rodovias federais e estaduais, já foram registradas pelo menos 85 mortes em três Estados. O balanço parcial mostra que 15 pessoas morreram no feriado de carnaval nas rodovias federais de Santa Catarina. Um carro despencou de 20 metros de altura em uma ponte. O motorista e duas passageiras perderam a vida.
Em São Paulo, foram 45 mortos nas rodovias estaduais, três a mais do que no feriado do ano passado. Em uma estrada da região de São José dos Campos, um casal caiu em um rio quando voltava de um baile. 'Entre as causas mais prováveis, estão a de que o motorista dormiu no volante ou a falta de habilidade do condutor do veículo', diz o tenente Alexandre Xavier, da Polícia Rodoviária Estadual. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 80% dos acidentes são causados por imprudência. Em dias de chuva, é necessário redobrar a atenção na direção, além de reduzir da velocidade e planejar cuidadosamente as ultrapassagens.
Eduardo Tondato, especialista em segurança de trânsito, recomenda também que os motoristas andem na chuva com faróis acesos mesmo durante o dia. 'Você identifica muito melhor um carro de farol aceso e sabe a direção que ele está indo ou vindo', comenta. O problema é que grande parte dos motoristas dirige no asfalto molhado como se estivesse pista seca.
Um teste mostra que, a 80 quilômetros por hora, na pista seca, o carro percorre 20 metros depois que o freio é acionado. Já na pista molhada, o veículo anda o dobro da distância, até conseguir parar. Quando o pneu está careca, o percurso aumenta em quatro vezes.
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