No Blog do Josias:
A Polícia Federal conclui nos próximos dias a fase de planejamento do plano de combate ao desmatamento na Amazônia. A investigação começa em duas semanas. Será tocada por forças-tarefa instaladas em municípios da área que o ministro Tarso Genro (Justiça) chama de “polígono problemático”.
Os nomes das cidades que servirão de base para o trabalho dos agentes são mantidos em segredo, para não prejudicar as apurações. Sabe-se apenas que ficam em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia. Tarso prevê que, em 60 dias, a PF terá condições de apresentar os primeiros resultados. O objetivo é identificar e levar aos tribunais os responsáveis pela derrubada ilegal de árvores.
Antes mesmo da apuração, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) identificou os plantadores de soja e os pecuaristas como grandes vilões do desmatamento. Foi contraditada pelo ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) e pelo próprio Lula. Tarso alinha-se à opinião do presidente.
“Essa dúvida, para nós, é irrelevante”, diz o ministro da Justiça. “Nós só vamos investigar as ações ilegais. Nossos alvos são os desmatadores, os plantadores ilegais e as pessoas que fazem queimadas ilegais. O presidente Lula tem razão quando diz que problema não é soja ou gado. A soja e o gado estão instaladas lá, têm uma função social importante. A questão que temos que verificar é quem tem ações ilegais, sejam elas quem forem.”
Simultaneamente à deflagração das forças-tarefa, o governo iniciará a instalação de postos da Polícia Federal nas áreas de desmatamento. O trabalho desses postos não se confunde com o das delegacias convencionais, já assentadas na região. Vão se concentrar no combate ao desmatamento. Serão, segundo Tarso, “de dez a doze postos”.
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