domingo, 24 de fevereiro de 2008

Pará inicia retirada de madeira extraída ilegalmente

Na FOLHA DE S.PAULO:

O governo do Pará iniciou ontem a retirada da madeira ilegal apreendida em madeireiras de Tailândia (218 km de Belém). A operação, coordenada pela Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente), envolveu 20 caminhões alugados pelo Estado e dezenas de homens da Tropa de Intervenção da Polícia Militar.
Não houve manifestações nem confronto com os moradores locais, como o ocorrido na última terça, quando cerca de mil pessoas contrárias à mobilização revidaram contra fiscais do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Naquele momento, policiais reprimiram os protestos com bombas de efeito moral e balas de borracha. O fórum local foi depredado, e a cidade ficou isolada com bloqueios nas entradas.
A ação de ontem se concentrou em duas madeireiras: a GM Sufredini e a Tailâmina Ltda., onde fiscais afirmam ter encontrado 2.100 m3 cúbicos de madeira extraídas ilegalmente.
A carga, avaliada em cerca de R$ 650 mil, será levada com escolta policial para um depósito do Estado, na região metropolitana de Belém, e leiloada.
O dinheiro será revertido para o aparelhamento dos órgãos de fiscalização ambiental.
O advogado do Sindimata (Sindicato das Indústrias Madeireiras de Tailândia), Christian Bomm, disse que a entidade recorrerá contra a apreensão. Segundo ele, inicialmente o recurso será administrativo, dirigido aos órgão responsáveis pela apreensão -Sema e Ibama. "Se isso não der certo, vamos à Justiça", declarou Bomm.
De acordo com o advogado, o objetivo é derrubar o "auto de infração", que é a base da apreensão.
Para o Sindimata, o procedimento de medição da madeira apreendida "está errado por se basear em estimativas".
Durante a operação de fiscalização em Tailândia, os fiscais encontraram 13 mil m3 de madeira ilegal em oito madeireiras. Os órgãos de fiscalização ambiental estimam que haja cerca de 60 madeireiras ilegais no município.


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