Na FOLHA DE S.PAULO:
Preocupados com a exposição a que serão submetidos com a CPI dos Cartões Corporativos, instalada na quinta-feira pelo Congresso, os funcionários da Presidência da República autorizados a usar cartões corporativos para compras diretamente relacionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares estão reclusos e atormentados.
Os ecônomos (nome técnico dado a esses funcionários) do Planalto foram orientados a não dar entrevistas desde a divulgação, no início do mês, de seus nomes e do total de gastos feitos -segundo eles, todos por determinação da Presidência.
Pressionados, se queixam de estarem sendo tratados como bandidos. Um deles, que está há quatro anos na função, reclamou que teve de tirar uma semana de férias e que não tem conseguido dormir à noite por causa das suposições de que desviou dinheiro público.
Na semana passada, um grupo de ecônomos do Presidência fez uma reunião para discutir como agir durante a CPI. Eles temem perder o cargo de confiança que ocupam se falarem sobre as despesas sem ter autorização do governo.
"Precisamos definir uma estratégia. Se falarmos, poderemos estar sujeitos até a problemas jurídicos. Mas vai chegar a hora em que não teremos saída", disse um deles, que conversou com a Folha sob a condição de anonimato.
Ligados à Secretaria da Administração da Casa Civil, dez ecônomos são responsáveis pelas compras da família do presidente Lula e gastaram de janeiro a dezembro de 2007 nos cartões corporativos o valor de R$ 3,86 milhões, entre saques e compras a crédito.
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