quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Lá ou cá, Duciomar sai chamuscado

Marketeiro atento aos lances que tem como protagonista principal o prefeito Duciomar Costa, acredita que politicamente o gestor não terá, como imagina, tanta vantagem em ter feito das tripas coração para ser ouvido em Brasília, em vez de Belém, no processo em que figura como réu em ação criminal proposta pela Procuradoria Regional da República no Distrito Federal.
Duciomar será ouvido hoje, às 10h30, pelo desembargador Cândido Ribeiro, que antes chegara a determinar a expedição de carta de ordem para que o prefeito fosse interrogado em Belém mesmo, perante um juiz federal de primeira instância. Mas Duciomar peticionou ao desembargador, para que reconsiderasse seu despacho, e será interrogado na Capital Federal mesmo, longe dos holofotes que o exporiam de forma negativa, politicamente, caso depusesse em Belém.
Pois é justamente nesse aspecto, o da repercussão política, que o marketeiro expõe sua opinião de que, lá ou cá, Duciomar sai chamuscado politicamente como esse processo aberto contra ele no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.“Não é apenas a questão de ser réu numa ação criminal proposta em Belém ou Brasília que depõe contra Duciomar. A questão é que as alegações levantadas na ação são politicamente explosivas. O processo é longo. Não terminará antes das eleições de outubro. Se depusesse em Belém, sob os olhos da imprensa, Duciomar poderia até aproveitar a própria audiência de interrogatório para ensaiar um discurso que o absolvesse das acusações. Como vai depor num tribunal, recinto mais fechado, ficará a sua palavra contra a desconfiança geral. O prefeito poderá até sair da audiência afirmando que provou perante o desembargado não ser culpado de nada – e provavelmente é o que vai dizer. Mas poucos vão acreditar no prefeito. E a exploração política sobre essa questão de verbas da União utilizadas para fins diversos daqueles para os quais foram liberadas vai perdurar indefinidamente”, analisa o marketeiro.

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