Em O ESTADO DE S.PAULO:
Numa sessão histórica, no centro de convenções do Hotel Palco, em Havana, os 614 deputados da Assembléia Nacional cubana, eleitos em janeiro, marcam hoje, oficialmente, a saída de Fidel Castro da presidência de Cuba - cargo que ocupa desde o triunfo de sua revolução, em 1959. A decisão de retirar-se da chefia do Estado foi anunciada pelo próprio Fidel, em carta divulgada pelo jornal oficial Granma, na terça-feira.
Três das mais importantes figuras do regime são apontadas como favoritas para assumir o posto: Raúl Castro, irmão de Fidel, que já exerce a função de presidente desde o fim de julho de 2006 - quando o líder anunciou seu afastamento do poder para tratar uma grave doença no intestino -, o vice-presidente, Carlos Lage, de 56 anos, e o ministro das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, de 42. Os dois últimos são integrantes de uma geração de dirigentes do Partido Comunista que nasceu ou foi educada após a revolução.
Na opinião de “cubanólogos” que vivem no exterior, a eventual escolha de Lage ou de Pérez Roque poderia ser interpretada como um sinal da disposição do regime comunista de promover algumas mudanças, principalmente nos rumos da abalada economia da ilha.
No entanto, entre os cubanos que receberam com eloqüente silêncio a decisão de Fidel de deixar definitivamente a presidência, há pouca expectativa de ajustes significativos, seja quem for o presidente escolhido hoje.
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