quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Congresso chamará Casa Branca para rever embargo

Na FOLHA DE S.PAULO:

O Congresso americano deve chamar funcionários do governo de George W. Bush para explicar a atual política do país em relação a Cuba. O objetivo da ação, liderada pelo democrata Howard Berman, da Califórnia, é rever o embargo econômico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos à ilha desde 1962.
"Queremos ouvir representantes do governo e especialistas de fora para ter a dimensão do impacto da renúncia de Fidel e para rever a política dos EUA em relação à ilha", disse Berman, presidente interino da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes. Para ele, a renúncia do ditador cubano aos cargos no Executivo da ilha, anuncida anteontem, é "uma excelente oportunidade para o país injetar criatividade e novas idéias" nas relações com o vizinho.
Entre os chamados a testemunhar devem estar o secretário do Comércio dos EUA, Carlos Gutiérrez, o único cubano-americano do gabinete de Bush e ferrenho defensor do embargo, Thomas Shannon, número 1 para a América Latina do Departamento de Estado, e Caleb McCarry, chefe da Comissão de Assistência para uma Cuba Livre, criada em 2003, com orçamento de US$ 80 milhões.
Berman não está sozinho. Anteontem, 104 congressistas mandaram carta à secretária de Estado, Condoleezza Rice, pedindo "revisão completa" da política. Entre os signatários, está o republicano Jeff Flake, do Arizona. "Se esse novo capítulo [nas relações bilaterais] vai ser aberto, depende grandemente de uma nova abordagem de Cuba pelo governo dos Estados Unidos", disse ele.
No Senado, a corrente começa a ganhar força. "O embargo é uma das políticas externas mais ineficazes e de resultados mais negativos da história", disse o democrata e ex-pré-candidato à Presidência Chris Dodd. O fim da medida dependeria de mudanças na atual lei, que só seriam aprovadas por maioria, o que os democratas têm em ambas as Casas.


Mais aqui.

Nenhum comentário: