O juiz federal substituto da 3ª Vara, Leonardo de Almeida Aguiar, começa a ouvir daqui a pouco, a partir das 8h, mais quatro denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento em vários crimes contra o erário público descobertos pela Polícia Federal durante a Operação Rêmora, deflagrada em novembro de 2006 em Belém e Marabá, no Pará, e Manaus (AM).
Na última terça-feira, o magistrado procedeu aos três primeiros interrogatórios. Foram ouvidos o ex-presidente do Ipasep, Antônio Carlos Fontelles de Lima; o dono da empresa Brasil Service, Antônio Ferreira Filho, e o ex-auditor fiscal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Antônio Lúcio Martin de Mello.
Nesta quinta-feira, Leonardo Aguiar vai tomar o depoimento de Carlos Augusto Frederico Martin de Mello (irmão de Antônio Lúcio), Carlos Maurício Carpes Ettinger, Fernanda Wanderley Oliveira (companheira de Antônio Ferreira Filho) e Jorge Ferreira Bastos, irmão do empresário Chico Ferreira, que atualmente cumpre pena de 80 anos de reclusão por ter sido condenado como mandante da morte dos irmãos Novelino.
Na denúncia que apresentou à Justiça Federal, o MPF acusa Fernanda, dona da empresa Amazon Construções e Serviços Ltda., de ter abocanhado um contrato de mais de R$ 4,6 milhões para vencer processo licitatório na Universidade Federal do Pará (UFPA). Segundo a denúncia, a empresa apresentou uma licença de operação falsificada para participar do certame.
Carlos Frederico, outro que será interrogado, tem escritório de contabilidade no Edifício Antônio Velho – mesmo prédio onde seu irmão Antônio Lúcio tem uma sala na qual prestava “orientações” a respeito de legislação previdenciária quando ainda era auditor fiscal do INSS – e prestava serviços a empresas de Chico Ferreira.
Quanto a Carlos Maurício Carpes Ettinger, a denúncia do MPF o aponta como o terceiro homen do esquema criminoso supostamente comandado por Chico Ferreira e Marcelo França Gabriel, filho do ex-governador Almir Gabriel.
Dos quatro que serão interrogados nesta quinta-feira na 3ª Vara, especializada em ações criminais, todos foram presos – juntamente com seis outras pessoas – na Operação Rêmora.
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