Foi objetivo, direto, didático. Avisou: "Quem fizer errado, sabe que só tem um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria justiça".
Boa!
Então, o presidente deveria começar imediatamente a fazer o que prometeu.
Deveria começar convidando para se retirar de seu governo Sua Excelência a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, também conhecida, nos seus rincões paroquiais em Belford Roxo (RJ), como Daniela do Waguinho.
Antes mesmo da posse, ela já era apontada como ligada ao bolsonarismo.
Depois, o DNA político da ministra resvalou para um, digamos assim, lixo mais profundo, mais raiz: as ligações dela e de seu grupo político com milicianos.
Nos últimos dias, O Globo e a Folha têm sido prolíficos na publicação de matérias indesmentíveis revelando a participação estreita de milicianos - pelo menos quatro, até agora - com o grupo político da ministra e de Waguinho, seu marido e prefeito de Belford Roxo.
Em quatro anos - de 1º de janeiro de 2019 até 31 de dezembro de 2022 -, antibolsonaristas, antifascistas e democratas de um modo geral exaltaram-se, justa e justificadamente, em condenar Bolsonaro e sua famiglia por ligações - evidente, clamorosas e escandalosas - com milicianos.
O que falta para Lula expurgar essa cidadã de seu governo?
O que falta para começar fazendo, em grande estilo, o que disse há apenas dois dias?
Manter a ministra amiga de milicianos começará a fazer de Lula refém de promessas não-cumpridas. E estamos com apenas oito dias de novo governo.
Não convém logo dar início a essa faxina?
Um comentário:
Ele já fez, a PEC da gastança já foi pro saco.
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