quinta-feira, 28 de julho de 2022

Fascistas em pânico: até agora, mais de 250 mil já assinaram "cartinha" em defesa da democracia. E crescendo!


Bolsonaro, decididamente, é o nosso herói.
É o nosso Midas às avessas.
O nosso falso Midas.
O nosso Midas fake.
Na mitologia, o rei Midas transformava em ouro tudo o que tocava.
Na realidade do Bananão (como muitos chamam a nossa Pátria amada), Bolsonaro, o nosso Midas às avessas, multiplica exponencialmente de relevância tudo aquilo que ele trata com o seu habitual deboche, com o seu asqueroso despeito e com sua repulsiva desfaçatez, além de sua, como diria o velho Nelson, sesquipedal falta de inteligência.
Quando Bolsonaro debocha de qualquer coisa, aquilo cresce de importância - para o bem ou para o mal.
No início da pandemia do Covid-19, Bolsonaro debochou. Chamou-a de gripezinha: até agora, já morreram mais de 675 mil brasileiros.
Agora, chamou de "cartinha" a Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito. Pois a cartinha, que começou com 3 mil assinaturas, já conta, em apenas 48 horas após seu lançamento, com mais de 250 mil assinaturas. E crescendo!
Nesta quinta (28), já foram registradas mais de 1.500 tentativas de ataques hackers contra o site da USP, que recolhe os nomes de signatários.
Os hackers, no caso, são fascistas. São extremistas de direita. São fanáticos bolsonaristas que ficam à beira de um ataque de nervos à simples menção do termo democracia.
Vamos encorpar nossa "cartinha".
Ah, sim.
Para quem ainda não a leu, aí embaixo está a "cartinha" na íntegra.

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"Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais.

Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal.

Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular.

A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.

Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.

Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.

Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.

Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional.

Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão.

Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.

Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.

No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.

Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:

Estado Democrático de Direito Sempre!!!!"

Um comentário:

Mirika Bemergui disse...

Este IMBECIL cada dia piorando mais e mais, o que não é novidade pra um ser humano sensato!!Tds sabíamos do mau CARÁTER deste excremento!! Cartinha já assinada e se possível registrada pra estes FASCISTAS respeitarem a CONSTITUIÇÃO DO BRASIL!!#NAOPASSARÃO