terça-feira, 28 de abril de 2009

Corporativismo vence na Câmara de Belém

No AMAZÔNIA:

Depois de muita manobra política, negociação de bastidores e pressão interna em favor do corporativismo, a Câmara Municipal de Belém decidiu pelo caminho mais fácil: a denúncia formulada pela empregada doméstica Maria do Carmo Oliveira Viégas, que trabalhou na residência da vereadora Vanessa Vasconcelos (PMDB), será apurada apenas pela Comissão de Ética da Casa.
Na prática, isso significa que a peemedebista venceu a queda-de-braço com o presidente da Casa, Walter Arbage (PTB). O PMDB quis denunciar Arbage e incluí-lo no pacote da Comissão Processante, mas amparado por um acordo de lideranças, a denúncia contra o presidente da Câmara foi arquivada pelo próprio Arbage. Vanessa foi premiada com a Comissão de Ética, composta por aliados da parlamentar. Maria do Carmo constava na folha de pagamento do gabinete da vereadora do PMDB, mas nunca recebeu o salário desta nomeação (R$ 4.063,75).
A sessão de ontem na Câmara foi tumultuada. Manifestantes que estavam na galeria do plenário foram retirados do espaço a pedido de Vanessa Vasconcelos. Eles exibiam cartazes pedindo que a vereadora 'devolvesse o dinheiro à doméstica Maria do Carmo'.
A decisão de que haveria uma votação para definir de que forma o caso seria apurado foi comunicada após uma reunião a portas fechadas com os líderes das bancadas. Tudo acertado, a votação foi realizada em plenário. Dos 34 parlamentares presentes, apenas o presidente da Casa, Walter Arbage, votou contra a apuração pela Comissão de Ética. Ele defendeu até o fim a instauração de Comissão Processante, que poderia até cassar o mandato da vereadora do PMDB por quebra de decoro parlamentar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Caçar mandato com "ç" é dose.

E ainda dizem que para ser jornalista não é preciso diploma de nível superior.

Poster disse...

Faz sentido seu comentário, Amaro.
Já está corrigido.
Muito obrigado.
E desculpe: na pressa, postamos a matéria do Amazônia e não prestamos atenção para o erro.
Abs.

Anônimo disse...

Todos estamos passíveis de erro, sem problema "seu" Espaço.
E diploma não é garantia de bom jornalismo, senhor Amaro.