Raimundo Planejamento Ribeiro, presidente do Remo, ficou só, sozinho, isolado durante a última reunião do Conselho Deliberativo que elegeu dois novos sócios beneméritos.
Sua Senhoria chegou à sede do Remo, foi o primeiro a votar e o primeiro a sair, informam os jornais.
Ribeiro tem dito, tem berrado por aí, quando coleguinhas – alguns poucos - lhe franqueiam microfones, que a torcida e a Imprensa não gostam dele.
Tem razão quanto à torcida, não tem razão quanto à Imprensa. Quanto a esta última, a antipatia em relação a Ribeiro não é unanimidade, não. Muito pelo contrário.
Pois bem.
Se apenas a torcida e a Imprensa é que não gostam de Ribeiro, era de se esperar que ele, numa reunião do Conselho Deliberativo do clube que preside, fosse tratado no mínimo com a distinção que se deve dispensar a um presidente.
Um presidente delibera.
Conselheiros também, tanto que fazem parte de um conselho deliberativo.
Ribeiro, portanto, estava entre seus pares, seus iguais. Esperava-se, repita-se, que lhe fosse dispensada pelo menos alguma atenção.
Mas não.
Os conselheiros do Remo também escantearam Ribeiro. E como.
Então, você já sabe quem não gosta de Ribeiro: a torcida do Remo, os conselheiros do Remo e a Imprensa.
Ribeiro está igual àquela historinha que se conta da garota que, ao primeiro encontro com o namorado, ouviu dele a pergunta:
- Você já teve muitos namorados antes de mim?
- Não. Só três: o Márcio, o Maurício e o pessoal da fábrica.
O namorado foi ver quantos operários a fábrica tinha.
Tinha mais de mil.
Então, Ribeiro que se console: não gostam deles apenas três: a torcida, os conselheiros e a Imprensa.
Necessariamente, nessa ordem.
Necessariamente.
Um comentário:
Ou seja: um caso de "absoluto sucesso"!
Uma quase unanimidade, esse presidente-tragédia.
Se fosse presidente do Iraque Clube ou do Desportivo Bagdá, já tinham lhe arremessado alguns sapatos, né não seu Espaço?! rs
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