Leitora do blog que se assina Pinta Molhada conta que, recentemente, teve que se proteger da chuva – que ele considera uma bênção, uma graça em Belém - num dos coretos da Praça Batista Campos.
“Descobri em segundos que era melhor ter seguido meu caminho, tal e qual uma pinta molhada, a ter que ficar no dito refúgio. Chovia mais dentro que fora, tantas eram as goteiras”, diz ela.
Guardas municipais que se abrigavam no mesmo coreto contavam, segundo a leitora, que as restaurações haviam sido feitas em dezembro do ano passado e que todas as instalações da praça estavam do mesmo jeito. Disseram mais: que um funcionário da Semma (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) na praça estaria se recusando a abrir a válvula que alimenta os lagos com água.
“Cadê o oxigênio para os peixes? As garças, em assembléia, já decidiram mudar de dormitório se o rango começar faltar. Isso sem falar da falta de poda das árvores, capinagem, enfim, quase tudo que faz parte dos cuidados técnicos indispensáveis para a beleza do logradouro. Fica aqui minha indignação com a tomada de rumo dos impostos que pagamos”, desabafa a leitora.
Pinta Molhada tem razão. Não é de hoje que o blog critica (veja aqui e aqui) o estado deplorável em que se encontra a Praça Batista Campos, que é uma das mais aprazíveis – ou deveria sê-lo – da cidade.
Não bastasse a sensação de abandono e desprezo da Prefeitura de Belém por um logradouro que é também um cartões postais da cidade, a insegurança na área é ao mesmo tempo assustadora e crescente.
A Associação dos Amigos da Praça precisa mostrar ao prefeito Duciomar Costa que é preciso fazer alguma coisa para recuperar a praça – urgentemente e antes de outubro. Até mesmo para dar tempo de que ele, quando outubro chegar e na condição de recandidato a prefeito, possa armar seu palanque por lá e dizer que a recuperação de Batista Campos é mais uma de suas obras estruturantes (céus!), à semelhança de algumas que o velho Antônio Lemos deixou como herança para os belenenses.
Eleições, vocês sabem, assim como servem para eleger servem para divertir, tantas são as coisas engraçadas que ouvimos durante as campanhas eleitorais. Que podem até não ser nada edificantes, mas são divertidas.
Sempre divertidas.
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