sábado, 3 de maio de 2008

Lupi diz que não põe mão no fogo pelo "inocente" Paulinho

Na FOLHA DE S.PAULO:

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse ontem que "prejulga" a inocência do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, acusado de participar do esquema de desvio de parte dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "Como ele nem réu é ainda, eu prejulgo a inocência."
Apesar disso, ao ser questionado se colocaria a mão no fogo pelo colega de partido, Lupi replicou: "Mão no fogo qualquer um que coloca pode se queimar. Não coloco a mão no fogo em nenhum processo da minha vida cotidiana, até porque sei o que é a queimadura do fogo".
O ministro afirmou que, após o evento para comemoração do dia 1º de Maio, conversou com Paulinho, que afirmou não ter nada a ver com o episódio e não saber do que é acusado.
Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a Operação Santa Tereza, que investiga o desvio de parte dos recursos de empréstimos do BNDES para prefeituras e empresas.
Relatórios da PF atribuem a Paulinho um plano para criar "um escândalo" que pudesse atingir o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e o então secretário municipal do Trabalho, Geraldo Vinholi (PDT-SP). Durante as comemorações do 1º de Maio, Paulinho disse saber "menos do que os jornalistas" sobre a investigação.
Lupi evitou comentar diretamente o episódio. "Enquanto esse processo não tiver todo o trâmite, eu me nego a acusar quem quer que seja. Não sou tribunal de inquisição", disse.
Para o ministro, o episódio não prejudica a representação dos trabalhadores no conselho de administração do BNDES. O advogado Ricardo Tosto, membro do conselho indicado pela Força, é acusado de usar o cargo para influenciar a liberação de empréstimos. "Também sou conselheiro do BNDES, não sei qual poder o conselheiro pode ter para fazer isso porque não mexe no dia-a-dia da administração do BNDES."

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Ministério pagou fotos pessoais de Berzoini

Em O ESTADO DE S.PAULO:

Recursos destinados à cobertura de pequenos gastos da administração pública, chamados suprimento de fundos, foram usados para comprar fotos destinadas ao arquivo pessoal do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), quando o petista comandava o Ministério do Trabalho, em 2004.
De acordo com documentos remetidos pelo ministério à CPI dos Cartões, a Assessoria de Comunicação Social do ministério comprou três fotos de Berzoini - ao custo total de R$ 112,00 - de duas empresas de comunicação. Em todos os casos, os documentos apresentados nas prestações de contas informam que as fotos teriam uso particular e não seriam incorporadas ao acervo do ministério.
Em um dos e-mails trocados com uma das empresas contatadas - a Agência Globo - a assessoria de Berzoini informava: "As fotos serão para o arquivo pessoal do sr. ministro Ricardo Berzoini". Uma das fotos surpreendeu técnicos e integrantes da oposição na CPI: ela foi tirada em maio de 2000, quando Berzoini não era ministro, mas um parlamentar da oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso. Quatro anos depois, já no ministério Lula, Berzoini encomendou a compra.

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Peritos divergem sobre sangue em carro

Na FOLHA DE S.PAULO:

Peritos do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo que participaram do caso Isabella divergem sobre o sangue achado na cadeira de bebê, que estava dentro do Ford Ka da família Nardoni, no dia do crime.
A Folha apurou que, enquanto o Centro de Perícias, que elaborou o laudo sobre a cena do crime, trata o sangue como sendo de Isabella, o Ceap (Centro de Exames e Análises de Pesquisas), que fez o laudo sobre o sangue da vítima, entende não ser possível afirmar com certeza que o material encontrado no carro seja da menina. A Polícia Civil e o promotor Francisco Cembranelli assumem como definitiva a posição do Centro de Perícias.
Para a acusação, aliás, o sangue achado no carro, atribuído pela polícia a um corte na testa de Isabella, foi uma das principais provas para indiciar o casal Alexandre Nardoni, 29, pai da criança, e Anna Carolina Jatobá, 24, madrasta, pelo assassinato da menina no dia 29 de março. Isso porque desmontaria a versão da defesa, que diz que o pai a levou dormindo da garagem para o quarto, no sexto andar de seu apartamento, e que ela não tinha ferimentos.
Para a investigação, a madrasta tentou asfixiar a menina e seu pai a atirou por um buraco feito na tela de proteção da janela do prédio na zona norte.
A polícia pediu a prisão preventiva de Nardoni e Anna Jatobá. A defesa do casal, porém, alega inocência - diz que um invasor cometeu o crime. Afirma que o laudo do IC indica que a perícia não provou que o sangue no carro é de Isabella e que vai contratar peritos para dar parecer sobre os laudos.
Dentro do Ceap, a informação é que é grande a chance de o sangue no Ka ser de Isabella, mas o laudo não é conclusivo quanto a isso porque o material coletado estava deteriorado, o que prejudicou o teste de DNA.

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Sangue no carro é de Isabella, diz perícia

Em O ESTADO DE S.PAULO:

No relatório final da Polícia Civil sobre o caso Isabella Nardoni está montada toda a cena do crime. Os autores do crime, conforme o relatório encaminhado à Justiça na última quarta-feira, são o pai da garota, Alexandre Nardoni, de 29 anos, e a a madrasta dela, Anna Carolina Jatobá, de 24. A menina de 5 anos começou a ser agredida no carro da família, onde chegou a sangrar, e depois foi levada, possivelmente desacordada, para o apartamento onde continuou a sofrer agressões, antes de ser atirada do 6º andar do Edifício Residencial London, no dia 29 de março. A conclusão tem como base a perícia feita pelo Instituto de Criminalística, que afirma que o sangue encontrado na cadeirinha de bebê que estava no banco traseiro do Ford Ka tem o perfil genético de Isabella. "Isso exclui a possibilidade de o sangue ser de outro integrante da família", diz um dos peritos responsáveis pelo laudo. E, principalmente, descarta a hipótese de um terceiro elemento na cena do crime.
O resultado do perfil genético é menos preciso do que o exame de DNA, que aponta com 99,9% de certeza que determinada amostra de sangue pertence a um indivíduo. Os peritos explicam que, diante daquele cenário que encontraram, é possível afirmar que se trata do sangue de Isabella - a informação serve como ponto de partida para a polícia imputar o assassinato ao casal. "O perfil genético é como uma impressão digital incompleta. Para identificar uma impressão digital, são necessários 12 pontos coincidentes, mas com 8, dentro de um detalhamento de uma cena de crime, já é possível firmar a identidade", diz o perito.

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Clinton diz que Brasil tem responsabilidade sobre Amazônia

Na FOLHA DE S.PAULO:

Presidente dos Estados Unidos entre 1993 e 2001, Bill Clinton declarou ontem em palestra em Nova York que a floresta amazônica dá ao Brasil, ao mesmo tempo, a "mais dura" responsabilidade sobre o futuro climático do planeta e o "privilégio" de poder assumir o desafio de preservá-la.
Diante da platéia de empresários, políticos e artistas brasileiros, Clinton disse: "Desejo que estivesse aqui ouvindo, e não falando. Porque não há país no mundo que faça mais esforços para encontrar um caminho para desenvolvimento sustentável para salvar o mundo do aquecimento global do que o Brasil (...) Sinto que vocês têm um grande problema [desmatamento], mas têm também uma sorte grande de ter a Amazônia. É uma honra ter a responsabilidade de preservá-la."
A palestra foi parte do 2º Fórum de Desenvolvimento Sustentável, organizado pela ONG Anubra (Associação das Nações Unidas Brasil), do empresário Mário Garnero, da Brasilinvest.
O ex-presidente americano mencionou o fato do álcool de cana-de-açúcar, cuja produção predomina no Brasil, ser mais eficiente que o de milho, comum nos EUA. Contudo, disse ele, é preciso zelar para que a plantação do produto não gere desmatamento.
Em discurso anterior, no mesmo fórum, Paula Dobriansky, Secretária-Adjunta de Estado para Democracia e Relações Globais, cobrou os países emergentes sobre a redução de emissão de gás carbônico. "Não adianta nada só os Estados Unidos cortarem", afirmou ela.

O tempo

Em Belém, sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
Neste sábado a nebulosidade aumenta bastante na região noroeste e deixa o tempo fechado nesta parte do Estado, onde chove bastante e há risco de temporal. Nas outras áreas o sol aparece entre muitas nuvens e ocorre pancadas de chuva ao longo do dia.
As previsões são do Climatempo.

As manchetes do sábado

O ESTADO DE S.PAULO
Agência de risco pede corte de gastos no País

FOLHA DE S.PAULO
Brasil tem dia de recordes após grau de investimento

O GLOBO (RJ)
Capital externo aumento e bolsa bate novo recorde

JORNAL DO BRASI (RJ)
Ameaça a transmissão exclusiva do Brasileirão

O DIA (RJ)
Exército de prontidão para a guerra do tráfico na Zona Sul

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Morre presidente do Conselho de Ética da Câmara

Morreu na tarde desta sexta-feira (2) o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, devido a complicações após operação para corrigir um problema cardíaco.

O deputado estava internado desde o último dia 28 no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas de São Paulo, onde havia sido submetido a uma cirurgia emergencial para corrigir um aneurisma da aorta.

O parlamentar tinha 69 anos e estava cumprindo o o sexto mandato. O suplente de Izar é o deputado Jefferson Alves Campos, também membro do PTB.

Em março, Ricardo Izar havia sido reeleito presidente do Conselho, derrotando o petista José Eduardo Cardozo (SP).

A eleição de Izar foi considerada uma derrota para o PT, que trabalhava para ter à frente do colegiado um nome mais afinado com o partido.

Segundo informações da Câmara, o velório do deputado ocorrerá a partir da noite desta sexta na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O sepultamento será realizado no Cemitério São Paulo, no sábado, às 15h.

 

Fonte: G1

O "day after" da aventura com travestis

O escândalo com os travestis em um motel na Barra abalou profundamente Ronaldo Fenômeno. O jogador está recluso na mansão da mãe, Dona Sônia, em Angra dos Reis. A coluna esteve ontem no condomínio Caieirinhas. Segundo fontes ligadas ao craque, ele está deprimido e não tem levantado da cama nem para fazer as refeições. Um dos pratos que ele mais gosta de comer é bacalhau. Ronaldo chegou ao local de carro (prata), sozinho, na terça. Um dia depois, Dona Sônia encontrou com o filho e,  no feriado, a irmã, Ione, viajou com os filhos e o marido para encontrar o jogador.

Ao todo são quatro carros na casa. O único veículo que está estacionado na porta principal do endereço é o Fenômeno. Há dois anos, Ronaldo presenteou a mãe com essa mansão. O jogador comprou uma outra casa para ele em uma ilha da região. Porém, como ainda não tem infra-estrutura, todos optaram em se refugiar no imóvel mais antigo. Assim como Ronaldo, a família também tem evitado circular pelas redondezas.

Ontem, a lancha, que foi batizada como Dona Sônia, ficou parada o dia inteiro na porta da casa do Fenômeno. Ronaldo e família são vizinhos de Eurico Miranda, que divide o muro com ele, e Carlos Alberto Parreira. Ronaldo comprou a mansão e não mudou a sua estrutura. O local tem um elevador, mais de três andares, jardim, piscina e um deque. Ah, só mais um detalhe: os carros que não têm tração nas quatro rodas não conseguem descer a rampa que é muito íngreme.

 

Fonte: Extra Online

Prefeitura tem seis meses para restaurar o Palacete Pinho

A Prefeitura Municipal de Belém tem o prazo de seis meses para concluir as obras de restauração do Palacete Pinho, na Cidade Velha, sob pena do pagamento de multa estipulada em R$ 1 milhão, a ser paga separadamente pelo Município de Belém e pelo prefeito Duciomar Costa, independentemente da apuração de responsabilidade criminal.

A decisão, concedida em caráter liminar pelo juiz federal substituto da 5ª Vara, Antonio Carlos Almeida Campelo, deverá ser cumprida pela Prefeitura de Belém a partir do momento em que for intimada.

Situado na Avenida Doutor Assim nº 500, o Palacete Pinho é um dos mais preciosos exemplares do patrimônio cultural de Belém. O imóvel foi uma das referências culturais na época áurea de Belém, sobretudo no final do século XIX e início do século XX.

Na ação civil pública que ajuizou, o Ministério Público Federal (MPF) relata que o Palacete Pinho foi tombado pela União em 1986. Posteriormente, o imóvel foi objeto de transação comercial com aquisição por grupo empresarial local. A partir daí, houve litígio entre a União e a empresa sobre as providências a adotar com vistas à restauração urgente do bem.

Litígio - O MPF informou que a Prefeitura, em dezembro de 1992, desapropriou o palacete. Mas, por causa do litígio com a empresa, antiga proprietária, houve a deterioração do bem. Isso levou a Fumbel a protocolar projeto arquitetônico para restaurar o imóvel, sagrando-se vencedora a empresa Estacon Engenharia e Comércio S/A.

Sustentou o Ministério Público que os recursos então destinados às obras de restauração teriam tido como principais patrocinadoras a Vale e a Eletrobras. Mas relatório juntado aos autos comprova a paralisação das obras, o que, para o MPF, "vai de encontro ao panorama cultural traçado pelo ordenamento jurídico constitucional vigente."

O juiz federal ressalta que a obra de restauração é medida que se faz necessária "como forma de preservar bem de valor patrimonial, histórico e cultural". Destaca ainda que, conforme dispositivo da Constituição Federal,é de competência comum a preservação de obras tidas como patrimônio histórico e cultural, "cabendo ao Município, no caso em espécie, a adoção de ação afirmativa em relação ao Palacete Pinho, já que desapropriou o referido imóvel anteriormente tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), contraindo a obrigação de preservá-lo de forma adequada, além de já ter firmado convênio para execução das obras de conservação."

A Prefeitura de Belém, continua o magistrado, instaurou regularmente procedimento licitatório, "de onde se conclui ter alocado verba para tal finalidade, firmou contrato de empreitada, assinou termo aditivo do referido contrato e iniciou as obras, não havendo porque, no presente momento, pretender o Município de Belém escusar-se de dar continuidade às obras de restauração do imóvel em questão com a correspondente liberação da quantia restante prevista no contratualmente."

 

Fonte: Seção Judiciária do Pará

"O dinheiro tem mais valor para a família"

De um Anônimo, sobre a postagem Odair Corrêa leva flores para deputada:

 

Vamos deixar de hipocrisia... Nossas esposas trabalham dia inteiro ficam longe dos filhos, estes ficam sob os cuidados de uma outra mulher que ganha 350 contos pra "amar" nosso filho senão ela será demitida, o filho da empregada acha que vale menos que 350 contos por mes e fica sem a mae o dia inteiro, ou seja duas mulheres, patroa e empregada deixam seus filhos para ganhar dinheiro, logo o dinheiro tem mais valor que a família. Parabéns pela coragem, governador. Eu concordo com Vsa. Excelência.

É preciso apoiar pesquisas com células-tronco adultas

Da leitora que se identifica como Zulma, sobre o post Juiz católico adia decisão sobre embrião:

 

Eventual terapia com células-tronco embrionárias humanas não poderia ser idealizada somente em função do excelente resultado obtido em camundongos, quando se constatou, à época, que "a célula-tronco embrionária é o único tipo celular capaz de se diferenciar em neurônio". Diferentemente do observado na espécie humana, os estudos com camundongos empregam animais geneticamente idênticos (clones), o que permite a livre transferência de células-tronco embrionárias a animais adultos na ausência de rejeição.

Confirmando a inexeqüibilidade da mesma abordagem em humanos, foi recentemente declarado pela Dra. Natalia López Moratalla, catedrática de Biologia Molecular e Presidente da Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica, que «as células-tronco embrionárias fracassaram; a esperança para os enfermos está nas células adultas» e «hoje a pesquisa derivou decididamente para o emprego das células-tronco 'adultas', que são extraídas do próprio organismo e que já estão dando resultados na cura de doentes'» (ZENIT.org).

Portanto, devemos apoiar as pesquisas com células-tronco adultas, incluindo as células iPS que tiveram seu potencial de uso em terapia recentemente comprovado, pois sendo células autólogas (derivadas do próprio paciente) não precisam enfrentar a rejeição imunológica. Além disso, as células iPS não precisam mais ser obtidas com a introdução de genes ou com a utilização de retrovírus como vetor, e a sua utilização para tratamento de doenças graves independe da aprovação do Artigo 5º da Lei de Biossegurança.

Metade de medicamentos some no caminho

No "Em Poucas Linhas", em O LIBERAL:

 

* Uma nuvem negra parece pairar sobre o Hospital de Santarém neste governo. De um carregamento de medicamentos mandados pela Sespa, só chegou a metade ao hospital.

* A Sespa diz que, se conseguir cassar a liminar que mantém na administração do hospital uma empresa do Paraná, colocará o estabelecimento para funcionar em 60 dias.

Lembrai-vos do maestro Giovani

Do jornalista e publicitário Orly Bezerra, sobre o post Monte-alegrense começa com o pé direito no Santos:

 

Não vamos esquecer de outro paraense, mas de Abaetetuba, que brilhou, e como, no Santos: o craque Giovane. Pra mim um dos melhores da sua geração, chegou a seleção brasileira e só não se deu bem por conta da sacanagem do Zagalo. Contava contra ele, também, o fato de ser muito inibido, talvez por ser gago. Mas com as bola nos pés foi um maestro: no Santos e na Europa, onde desfilou seu elegante futebol no Barcelona e num time da Grécia.

Orly Bezerra

G10 tem encontro marcado com Cláudio Puty

Integrantes do G10, o grupo apartidário que atua na Assembléia Legislativa do Estado, têm encontro marcado com o chefe da Casa Civil do governo do Estado nos próximos dias, provavelmente na semana que vem.
Será o primeiro encontro entre Puty e o grupo inteiro. Inteirinho. Todos os dez deputados reunidos, a saber: João Salame (PPS); Márcio Miranda e Haroldo Martins, do DEM; Adamor Aires e Júnior Hage, do PR; Zé Neto (PP); Cezar Colares e Ana Cunha, do PSDB; Luiz Afonso Sefer (DEM) e Roberto Santos (PRB).
O inteirinho que você leu não é força de expressão. É preciso ressaltá-lo como instrumento de unidade que o G10 pretende fazer valer para garantir sua permanência na Assembléia e livrá-lo das tentativas de implodi-lo.
Isso mesmo: os dez integrantes do G10 estão absolutamente convictos de que Cláudio Puty tentou implodir o grupo, tentando cooptar seus integrantes individualmente para individualmente negociar com eles.
“O Puty assumiu sem saber quem éramos. Assumiu como uma visão preconceituosa sobre nós. Deixou-se contaminar pelas informações de que somos fisiológicos. Não somos fisiológicos. Não queremos cargos. Não temos parentes neste governo. Não praticamos o nepotismo. Não praticamos o clientelismo. Queremos e defendemos o nosso direito, como parlamentares, de defender os interesses de nossos municípios”, resumiu ao blog um dos integrantes do G10 com quem o Espaço Aberto conversou.
O blog, em verdade, conversou com dois deputados do G10. E o que ambos narraram, sobre as tentativas de Cláudio Puty de implodir a unidade do Grupo, coincide perfeitamente.

Alcântara era bom, mas só de conversa
Ao contrário do que se imaginava, os dois deputados do G10 garantem que o ex-chefe da Casa Civil, Charles Alcântara, não atendeu a nenhuma das demandas do G10. Nenhuma. “Ele [Alcântara] era bom de diálogo, de conversa, de entendimento. Mas não resolvia nada, absolutamente nada. Recebia as nossas ligações, conversava conosco, mas não encaminhava os nossos pedidos”, garantiu um dos deputados.
Os dois parlamentares afirmam que Puty, ao assumir a Casa Civil, trouxe consigo a impressão anteriormente consolidada de que o G10 - que começou com oito deputados - seria a causa das crises políticas que têm a Assembléia Legislativa como epicentro.
“Eles [os governistas] estão enganados. Nunca fomos causa de crise nenhuma. Os petistas, sim, foram causadores de crises. Como a Regina Barata, no caso da nomeação do Daniel Lavareda para o TCM, e o [Carlos] Bordalo, no caso dos temporários, são exemplos disso. O G8 e agora o G10 nunca foi motivo de crises”, avalia um dos deputados do Grupo.
O parlamentar considera que Puty, além de ter-se contaminado por informações que o próprio deputado considera distorcidas sobre o G10, deve ter avaliado a própria força do Grupo, que tem pretensões, até mesmo por sua representatividade numérica, de influenciar na eleição da próxima Mesa da Assembléia.
Há poucos dias, no entanto, a imagem de Puty sobre o G10 teria começado a mudar. E mudar para melhor; ou para menos pior, segundo garante um dos deputados do Grupo: “Um dos deputados do G10 já conversou pessoalmente com o secretário Cláudio Puty. Explicou-lhe quais as nossas pretensões. Explicou o que queremos. Puty compreendeu perfeitamente nossos objetivos. E os nossos objetivos não comportam o fisiologismo”, reforçou o parlamentar.
Mas uma coisa é certa: os dois deputados garantem que é decisão fechada entre o G10 só aceita negociação coletiva. Qualquer negociação terá que ser processada coletivamente. Por isso é que a conversa de Puty com o G10 será com o grupo inteiro.
Inteirinho, conforme já se disse.

Leonam estava pronto para deixar o Paysandu

Um juiz de Belém segredava a conhecidos, depois da solenidade de posse de Leonam Gondim da Cruz Jr. no desembargo, que o próprio Leonam, quando estava presidente do Paysandu, não ficaria por muito tempo na direção interina do clube bicolor.
Estava assustado com o tamanho desafio que seria reerguer uma agremiação que, tal e qual o Remo, está com suas finanças esfaceladas.
A eleição para o desembargo, assim, veio em boa – para não dizer ótima – hora para Leonam, que foi compelido, por força do início de nova fase em sua carreira, a deixar a presidência interina do Paysandu.
Sua Excelência, como se vê, é um homem de sorte. Foi o último votado na lista sêxtupla da OAB, mas ficou na lista tríplice e acabou escolhido pela governadora Ana Júlia Carepa, contra todas as expectativas.
E com tudo isso, ainda ficou bem na foto ao deixar a presidência do Paysandu. Saiu sem se indispor com a torcida – um destino de quase todos os presidentes – e encontrou uma justificável incontestável para sair: a sua designação para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJE).
Sorte, desembargador. Muito embora o senhor seja mesmo um homem de sorte.

A saudade dos azulinos por Paulo Amaral

Do leito Luiz Neto, sobre a postagem Morre Paulo Amaral:

[Paulo Amaral] foi campeão paraense em 79, vencendo 'aquela coisa' de virada. E olhe que 'os rivais' jogavam pelo empate e chegaram a fazer 1 x 0.
Foi o ano em que Dario jogou no 'rival' e perdeu a artilharia do campeonato pro Bira, do Remo.
Foi, também, o ano em que, sem estar concluído, o Mangueirão teve um público exuberante e que levou muito, mas muito tempo a ser batido (tenho dúvidas se foi batido até hoje).
Paz à alma dele e muito obrigado pelas alegrias que ele deu a todos nós, azulinos!


ATUALIZAÇÃO ÀS 11H41:

De outro Anônimo:

Inesquecível Paulo Amaral! Um dos mais carismáticos e queridos treinadores que já passaram pelo Clube do Remo.
Cenas gravadas na memória: assistia o jogo das cabines do Baenão e, ao final do primeiro tempo, descia e entrava no gramado pelo portão central, percorrendo sob intensos aplausos e acenando para a galera, estivesse o Remo ganhando ou não, e entrava no túnel.
Sabem por que? A galera tinha certeza de que ele, no intervalo, daria aquela dose de "animação" ou aquele "corretivo puxão-de-orelhas" e , toda vez, no segundo tempo, o time "voava" e ganhava os jogos!
Bons e saudosos tempo em que tínhamos Paulo Amaral treinador-paizão-disciplinador-xerife e jogadores que suavam a camisa e se superavam em campo (sem precisar "beijar" hipocritamente a camisa) para ver o Clube do Remo campeão por tantos anos.
Hoje, com raríssimas excessões, nem jogadores, nem dirigentes (e nem essa porcaria de torcida organizada) chegam nem perto do brio, da garra e do amor ao Leão Azul de outrora.
Descance em paz, Paulo Amaral, voce honrou o pavihão azulino!E como!

Desmatamento avança, apesar das chuvas

A exemplo do que acontece no Pará, como já divulgou o “Pará Negócios”, o desmatamento no Estado do Mato Grosso também parece mostrar que não está surtindo efeito toda a mobilização que o governo federal está fazendo para conter a derrubada da floresta na Amazônia, baseada principalmente na megaoperação “Arco de Fogo”. O Sistema de Acompanhamento do Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mostra que, apesar das chuvas, as imagens de satélite revelaram que as áreas desmatadas nos dois estados campões de desmatamento cresceram mais que o dobro no primeiro trimestre de 2008, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A soma das áreas devastadas nos dois estados passou de 77 quilômetros quadrados no ano passado para 214 km2 este ano. O Mato Grosso responde por 149 km2 desse total. Apesar disso, no acumulado desde agosto (mês em que se inicia a contagem anual do desmatamento) o estado apresenta redução de 16% em comparação ao mesmo período (agosto-março) de 2007. Já o Pará, teve um aumento de 76% nessa comparação.
De acordo com o SAD, o desmatamento acumulado no período de agosto de 2007 a março de 2008 no Mato Grosso totalizou 1.853 km2. Em relação aos mesmos meses do período anterior (agosto de 2006 a março de 2007), quando o desmatamento somou 2.203 quilômetros quadrados, houve uma redução de aproximadamente 16%.
Mais da metade (54%) do desmatamento entre janeiro e março de 2008 naquele estado ocorreu no município de São Felix do Araguaia. Em seguida, aparece Querência (10%) e Gaúcha do Norte (7%). O desmatamento ilegal representou cerca de 94% do total ocorrido no primeiro trimestre de 2008.
Como no Pará, a cobertura de nuvens (que impede a detecção do desmatamento) foi significativa nos três primeiros meses de 2008: 81% em janeiro, 70% em fevereiro e 21% em março. Portanto, as áreas desmatadas detectadas pelo SAD podem estar subestimadas. Ou seja: a derrubada das árvores pode ter sido maior ainda.

Leia mais no Pará Negócios, o site do jornalista Raimundo José Pinto

O horror!

Um rapaz acusado de assaltar e praticar furtos e roubos constantes no Curió-Utinga, onde era tido como o “terror” na área, foi encontrado morto a pedradas em uma calçada em frente a uma das residências da Passagem Ana Deusa.
A vítima foi identificada apenas pelo prenome de André. O assassino agiu com tanta violência que o rapaz teve a cabeça totalmente deformada pelos golpes.
Isso é um horror. Justiça pelas próprias mãos é um horror. É um horror que bandidos matem inocentes e que população, em represália, linche bandidos ou suspeitos da prática de delitos.
Tudo isso é um horror, neste ambiente horroroso de violência desmedida que mantém os bandidos nas ruas e os cidadãos trancados dentro de suas casas.
E o pior é que quando todos acham que já viram tudo, vem uma coisa pior e se constata que ainda ninguém viu nada. Ou que ninguém ainda viu tudo.
Um horror!

Tem cheiro de fritura na Casa Militar de Ana Júlia

É delicada, mas muito delicada a situação do coronel Raimundo de Oliveira Pantoja Júnior à frente da chefia da Casa Militar do governo Ana Júlia Carepa. Um militar ouvido pelo blog e indagado se apostava na iminente saída de Pantoja da Casa Militar, ilustrou a situação respondendo assim: “Se fosse eu que estivesse nessa situação, eu diria que só respondo pelo ontem e pelo amanhã. No máximo.”
O nome que traduz a fragilidade política em que se encontra o chefe da Casa Militar tem nome, patente e parentesco. Chama-se Antonio Cláudio Moraes Puty. É tenente-coronel da Polícia Militar do Estado. E – last but not least (por último, mas não menos importante) – este Puty é primo do outro Puty, também Cláudio e chefe da Casa Civil da governadora Ana Júlia Carepa.
E o que Puty tem a ver com Pantoja e com as tensões que fazem fervilhar a Casa Militar? É simples. O tenente-coronel Antonio Cláudio Moraes Puty, que era subchefe da pasta e portanto o segundo na hierarquia, foi dispensado das funções pelo chefe da Casa Militar, coronel Pantoja Jr.
O afastamento é recente. Aconteceu em fevereiro passado. O afastamento de Puty da subchefia da Casa Militar foi apenas uma das mexidas que Pantoja Jr. promoveu e que, como se vê agora, viriam a colocar o titular da pasta na fio da navalha.
Em fevereiro, o chefe da Casa Militar assinou duas portarias. Numa delas, a de nº 056/2008 - CMG de 13 de fevereiro de 2008, publicada no Diário Oficial nº 31.107, de 14 de fevereiro (clique aqui e procure a portaria no link Portarias, da Casa Militar), Pantoja tirou do tenente-coronel Puty a função de autoridade homologadora de procedimentos licitatórios e transferiu-a para o tenente-coronel Marcos Machado Eismann.
Em outra portaria, a de nº 054/2008 , igualmente de 13 de fevereiro e publicada no mesmo Diário Oficial n 31.107, Pantoja também designou o capitão Sérgio Ricardo Fialho Andrade para fiscalizar, em substituição ao tenente-coronel Temístocles Paulo da Silva, o Contrato nº Contrato 001/07-CMG, celebrado entre a o governo do Estado e a Empresa Amazon Card’s Sociedade Civil Ltda.
No dia 18 de fevereiro, o Diário Oficial nº 31.109 trouxe outra portaria, a de nº 055/2008 (clique aqui e procure na Casa Militar), assinada também pelo coronel Pantoja. O ato afastou Temístocles da Diretoria Administrativa da Casa Militar e designou para a função o major Roberto Rodrigues dos Santos.
Todas essas mexidas foram feitas em fevereiro. No dia 10 de abril passado, Charles Alcântara deixou a chefia da Casa Civil. Cláudio Puty, o primo do tenente-coronel Antonio Cláudio Moraes Puty, assumiu a Casa Civil.
Do dia 10 de abril até agora, fontes da Casa Civil garantem ao Espaço Aberto que Cláudio Puty ainda não teve uma audiência sequer com o chefe da Casa Militar, coronel Pantoja Jr. Mas Puty já teve vários encontros com seu primo, o tenente-coronel Puty, e com o tenente-coronel Temístocles Paulo da Silva. A última conversa entre os três ocorreu há poucos dias, nesta semana.
Por enquanto, Pantoja continua no cargo. Mas que tem cheiro de fritura no ar, isso tem. Um cheiro fortíssimo, que supera até os limites do Palácio dos Despachos.

Monte-alegrense começa com o pé direito no Santos

O monte-alegrense Lima, ex-Juventus (SP), estreou com o pé direito no Santos. Foi dele o primeiro gol santista na vitória do time praiano por 2 a 0 sobre o Cúcuta, na noite de quinta (01), na Vila Belmiro, em jogo válido pela Libertadores da América.
Depois do jogo, entrevistado pela Rádio Bandeirantes, Lima (aí ao lado, na foto da Folha Online) falou rapidamente sobre sua vida no Baixo Amazonas. Disse que a mãe é professora, que o pai trabalha com eletricidade na Rede Celpa e apostava que Monte Alegre parou, ontem à noite, para acompanhar sua estréia.
- Monte Alegre fica a quantos quilômetros de Belém – indagou o repórter da Bandeirantes ao atleta.
- Não sei não a quantos quilômetros fica. Mas sei que fica a dois dias de barco de Belém – respondeu Lima.
- A dois dias de barco?
- Sim, a dois dias.
O Pará já brindou o Santos com outro talento. Trata-se de Manoel Maria, o santareno que começou na Tuna Luso Brasileira, de Belém, nos idos de 1967, teve uma passagem pelo Paysandu e foi parar no time de Pelé, que até hoje tem pelo ex-ponta-direita grande estima pessoal.
Mamá, como é conhecido dos amigos, continua até hoje em Santos, no litoral paulista, onde tem uma escolinha, a Escolinha de Futebol Manoel Maria.

O poder do voto



O sentimento de que o voto pode melhorar o Brasil e cada município, em particular, é recorrente em tempo de eleição. O voto é capaz de fazer dos cidadãos pessoas melhores e felizes, embora a evolução da consciência política de sua majestade, o eleitor, não seja necessariamente uma linha contínua e ascendente. De qualquer modo, a torcida é grande no sentido de que a eleição municipal de outubro próximo represente um salto qualitativo da consciência de que o voto não tem preço, tem conseqüência.
Sem generalizar, fino observador da cena política brasileira tem dito que parte do eleitorado e candidatos falam como santo, mas se comportam como o diabo gosta.
Não há dúvida de que leitores continuam a reconhecer que, antes e durante eleições, tem sido comum, quase normal, candidatos oferecerem favores, bens e dinheiro a eleitores e instituições, visando com isso conseguir votos. Infelizmente, o Poder Judiciário e o Ministério Público, em conjuntura eleitoral, costumam testemunhar isso ao receber denúncias de compra e venda de votos, o que confirma a contradição entre a fala e o comportamento expresso.
As condutas de comprar e vender votos enfraquece profundamente o Estado Democrático de Direito, além de constituir o passaporte para privilegiar interesses privados, em geral, divorciados das necessidades mais amplas da população.
Sabiamente, a Lei 9.840/99 define a venda de votos como a possibilidade de um candidato doar, oferecer, prometer e entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal para obter seu voto. É preciso notar que, mesmo não sendo a oferta aceita, já se consuma o crime eleitoral. Em face disso, para que a corrupção eleitoral tenha fôlego curto ou nenhum, torna-se necessário punir, exemplarmente, tanto o corruptor quanto o corrompido.
Na prática, ninguém manda no que está por vir. Pelo menos de forma absoluta. Entretanto, essa afirmação veste muito bem a conjuntura pré-eleitoral que o Brasil vive com as eleições batendo à porta, no que diz respeito aos candidatos a prefeito e vereadores. Isso porque, no desfilar de suas excelências na mídia, sempre existe a possibilidade de escavar fatos, passados ou presentes, nada abonadores às suas condutas no exercício da função pública, é claro.
O eleitor parece inclinado a reagir contra os candidatos que têm traído sua confiança no curso de mandatos anteriores. Há um clima na direção de votar como um rolo compressor esmagando, isto é, excluindo o candidato Judas da ordem de preferência. É vital nas eleições deste ano escolher quem trabalhe para os cidadãos. Por isso, é imprescindível excluir os maus exemplos e optar pelos bons. Votar em prefeito e vereadores é ato mais que adequado para brigar pela qualidade daqueles que representarão as necessidades mais importantes da municipalidade em matéria de saúde, educação, transporte, emprego e renda.
Ao lado disso tudo, é preciso também combater o dano moral, porque, no vale-tudo para conquistar votos, muitas suspeitas e imputações são arquitetadas e plantadas contra a honra alheia, com o exclusivo desiderato de causar estrago na confiança e respeito que gozam certas pessoas no seio da sociedade.
A concorrência desleal entre candidatos, nucleada muitas vezes pela possibilidade do sucesso eleitoral do adversário, figura em geral como o único motivo a nutrir calúnias, campanhas difamatórias e perseguições. De modo que a idéia, segundo a qual nunca se mente tanto como em véspera de eleição, continua sendo encarada como verdade para um número significativo de eleitores.
O dado essencial sobre o voto é que ele parece adquirir vida própria depois de depositado na urna. Logo, é necessário ter em mente que o voto existe antes de tudo para promover o bem-comum. O objetivo maior do ato de votar é potencializar a satisfação das necessidades de ordem econômica, social e cultural de um país e de seu povo. Francamente, não consigo imaginar uma outra boa razão. Por isso, não é razoável compactuar com a prática de compra e venda de votos.

Stael Sena Lima é pós-graduado em Direito

O que ele disse

“O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria."
Antônio Dantas, 69 anos, coordenador do curso de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), sobre o baixo rendimento dos alunos da faculdade no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).

Passeata acaba em pancadaria na rua


No AMAZÔNIA:

O que deveria ser uma passeata pelos direitos dos trabalhadores acabou em pancadaria, tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral. Sindicatos e centrais sindicais que participavam de uma marcha pela avenida Nazaré acabaram se desentendendo no final do ato, já na dispersão feita na Presidente Vargas. Um claro sinal de que a categoria não consegue manter um discurso único.
A passeata saiu da Praça do Operário, em São Brás, com integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), entre outras centrais, sindicatos, como o dos rodoviários, construção civil, saúde e de servidores dos Tribunais de Contas dos Municípios e do Estado. Até chegar a seu destino final, as palavras de ordem eram conjuntas: diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários e o fim das demissões sem motivação, entre outros.
As divergências começaram a surgir na dispersão. Representantes de grupos opositores, um a favor e outro contra as ações governamentais, se desentenderam ainda em cima do trio elétrico. Depois de ofensas amplificadas pelos alto-falantes, iniciaram a pancadaria, que teve reflexos entre o público que se aglomerava embaixo. A confusão só foi contida após a chegada da polícia, que precisou utilizar spray de pimenta para dispersar o tumulto. Três sindicalistas foram detidos.
Enquanto seguiam pela avenida Nazaré, o grupo cruzou com outra manifestação pelo Dia do Trabalho organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará. 'Em 24 anos de força sindical eu nunca vi uma passeata tão cheia de pelegos', disse Eloy Borges, do Sintepp, criticando a ação das centrais sindicais e dando um sinal do racha entre facções.
Antes da pancadaria tomar conta da manifestação das centrais sindicais, Rai Barreto, da direção estadual da CUT, admitia que a categoria dos trabalhadores não está conseguindo se entender. Prova era a baixa adesão à passeata - cerca de 500 pessoas apenas participaram do ato, bem menor que a média de anos anteriores - e a divisão em outras ações promovidas isoladamente. 'No ano passado não fizemos ato do Dia do Trabalho e isso desmobilizou um pouco a categoria. Este ano também vemos muitos sindicatos fazendo eventos específicos, como é o caso dos Correios. O Sintepp se desfiliou da CUT, não está filiado à central nenhuma, e por isso também está fazendo seu ato sozinho', disse.
A programação organizada pelo Sintepp não se restringiu a levantar bandeiras trabalhistas. Movimentos sociais e de luta pelos direitos humanos participaram do ato, entre eles familiares de pessoas assassinadas - como a mãe do jovem Russo, parentes dos meninos mortos nas matas da Ceasa, e David Stang, irmão de Dorothy Stang.

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Jovem é encontrado morto a pedradas

No AMAZÔNIA:

Um crime bárbaro ocorrido na manhã de ontem chocou os moradores da rua do Utinga com a passagem Ana Deusa, no Curió-Utinga. Um jovem foi encontrado morto a pedradas em uma calçada em frente a uma das residências daquela via. O assassino agiu com tanta violência que a vítima teve a cabeça totalmente deformada pelos golpes. A equipe plantonista da Seccional de São Brás acredita que o homicídio ocorreu por volta das 7 horas.
Populares da área comentaram que 'André', como a vítima foi identificada parcialmente, era acostumado a praticar furtos e assaltos nas imediações do conjunto Império Amazônico, onde também residia. Um dos últimos crimes atribuídos a 'André' foi o arrombamento de um carro pertencente a um policial federal. 'André', disseram os policiais, aterrorizava o conjunto com assaltos, furtos e arrombamentos.
Quanto às circunstâncias do homicídio, ninguém soube informar como tudo ocorreu. Uma moradora das proximidades da rua do Utinga disse à reportagem que 'André' era viciado em drogas. Na madrugada em que foi assassinado, segundo relato de populares, ele se deslocou até a invasão 'Buraco Quente', às proximidades do Parque Ambiental do Utinga, com a intenção de comprar drogas. 'André' foi atacado no percurso, sendo morto a golpes de paralelepípedo. O corpo dele por pouco não foi reconhecido tamanha brutalidade com a qual agiu o homicida. A pedra foi deixada ao lado do cadáver. Parte do corpo foi coberto com uma caixa e um lençol para não chocar mais as pessoas que passavam na área.
Até o início da manhã de ontem, nenhum parente da vítima compareceu à Seccional de São Brás ou Delegacia do Marco para registrar o homicídio. Ainda não há nenhum suspeito do crime. A remoção do cadáver foi feita por volta das 8h30 pela equipe plantonista do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
Esta foi a segunda morte registrada em menos de quatro dias na rua do Utinga. Na tarde de 29 de abril, José Raimundo Cabral dos Passos, de 32 anos, o 'Canon', foi morto a facadas também na área de ocupação 'Buraco Quente'. O suspeito de matá-lo é um homem de prenome Washington, o 'Slob'. Toda a área do 'Buraco Quente' é considerada 'zona vermelha' pelas polícias Civil e Militar.

OAB: 162 advogados no Pará respondem a processos

No AMAZÔNIA:

Estatística do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados - Seção Pará (OAB-PA) sentencia: 90% de 197 processos que tramitaram em 2007 correspondem a representações de clientes lesados por seus advogados, ora por apropriação indébita, ora por conduta incompatível ou por outras infrações, como a falta de prestação de contas e cobrança abusiva de honorários. Nos primeiros quatro meses deste ano, o órgão instaurou 33 processos éticos-disciplinares. A OAB-PA já suspendeu do exercício do Direito, por esses motivos, 52 advogados, diz o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, Alfredo Santalices.
A suspensão varia de 30 dias a 12 meses, de acordo com o artigo 37 do Estatuto da Advocacia e da OAB. Atualmente, o tribunal da Ordem avalia 162 processos, distribuídos internamente entre três turmas julgadoras, que em sua maioria equivalem a ações administrativas contra o profissional do Direito que deixou de pagar ao cliente o valor devido da ação ou da causa.
Como os processos disciplinares correm em sigilo dentro do Tribunal de Ética, Santalices não sabe precisar o volume de dinheiro desviado pelos 'maus advogados'. Mas os casos julgados vão desde apropriação de R$ 100,00 até somas mais altas, como R$ 5 a R$ 6 mil.
As áreas do Direito que mais deixam brechas para a apropriação indevida do dinheiro de clientes são a trabalhista e a cível. Em raros casos, diz Alfredo Santalices, há causas penais envolvidas nas representações. Mas o artigo 34 do estatuto da categoria é bem claro: qualquer advogado que deixe de prestar contas ao cliente de dinheiro recebido em ação está sujeito a sanções, que são a censura, a suspensão do exercício da profissão e até a exclusão dos quadros da Ordem.
Uma representação contra um membro da OAB-PA tramita durante dois meses, em média, segundo Santalices. O prazo, esclarece, em muitos casos é grande por conta da necessidade de localização do profissional, o que por vezes resulta na necessidade de publicação de edital. O presidente do tribunal avisa que a OAB-PA está de portas abertas ao cidadão que se sentir lesado. Basta protocolar uma representação, feita pelo próprio cliente ou por advogado, ou ainda telefonar para 4006-8632.

Para PF, Paulinho recebeu propina

Em O GLOBO:

O relatório da Polícia Federal sobre o escândalo de desvio de recursos do BNDES, enviado no dia 17 de abril à 2 Vara Criminal Federal de São Paulo, informa que o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), recebeu propina de R$ 325 mil para intermediar um empréstimo de R$ 124 milhões do BNDES para a prefeitura de Praia Grande (SP). Em telefonema interceptado às 14h46m do dia 23 de janeiro deste ano, o empresário Manuel Fernandes de Bastos Filho, o Maneco, dono da Fernandes e Bastos Construtora e da boate W.E., e Boris Timoner, ex-diretor executivo das Lojas Marisa, conversam por mais de meia hora sobre detalhes do suposto esquema de desvio de dinheiro do BNDES.
O principal alvo da conversa é o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB). Segundo a PF, ele prometeu repassar R$ 4 milhões à quadrilha em troca da aprovação de financiamento de R$ 124 milhões do banco à prefeitura. Na hora de fazer o acerto, no entanto, o prefeito teria oferecido apenas R$ 2,6 milhões. De acordo com a gravação, R$ 400 mil cobririam despesas efetuadas por Maneco, e outro R$ 1 milhão seria o "custo político" da operação. Segundo o relatório, dos R$ 2,6 milhões de propina, R$ 1,3 milhão seria dividido em partes iguais entre Paulinho e outros três personagens do caso, o que dá R$ 325 mil para cada um.
"De dois milhões e seiscentos, um milhão e trezentos seriam divididos por (Marcos) Mantovani, entre ele próprio, Paulinho (possivelmente o deputado federal Paulo Pereira da Silva), Ricardo Tosto e José Gaspar", diz o documento da PF.
O responsável pela distribuição do dinheiro é o empresário Marcos Vieira Mantovani, sócio da empresa de consultoria Progus. Tosto é advogado e conselheiro do BNDES, afastado desde que o escândalo veio à tona. Gaspar é o vice-presidente estadual do PDT em São Paulo.

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Em evento da Força, Marta é vaiada e defende Paulinho

Na FOLHA DE S.PAULO:

A ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), potencial candidata a prefeita de São Paulo, foi vaiada ontem, durante quase três minutos, na festa do 1º de Maio da Força Sindical, na zona norte da capital paulista.
Cerca de 1,2 milhão de pessoas foram ao evento, segundo a organização. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público. As vaias começaram quando, por volta das 11h30, Marta foi convidada pelo mestre-de-cerimônias, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, a discursar.
A ministra, que já estava no imenso palco montado na praça Campo de Bagatelle, tentou saudar a multidão: "Bom dia, São Paulo. Primeiro quero agradecer ao presidente da Força Sindical por este convite para vir aqui hoje".
Mas as vaias abafaram a voz da ministra, e ela passou a elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Nós temos hoje um salário mínimo 50% maior do que na época do [ex-presidente] FHC". Foi em vão. Os apupos continuaram.
Paulinho, principal líder da central de trabalhadores responsável pela festa, interveio: "Companheiros, ela é convidada minha. Vocês têm que receber com muito carinho. Mesmo aqueles que não concordam, têm que receber. Aqui não sobem aqueles que são contra os trabalhadores. (...) Eu sei que quando é ex-prefeita, Marta, você agrada a alguns, mas não agrada a outros".
"Estou aqui como ministra do presidente Lula. Estou aqui para defender o governo", respondeu Marta, que prosseguiu nos elogios por mais um minuto, sob vaias, até encerrar: "Viva a Força Sindical, viva o Brasil e viva o presidente Lula". Só então o público aplaudiu.
No meio da multidão, houve cartazes improvisados que aludiam à frase "relaxa e goza" da ministra durante o caos aéreo.
Questionada pelos jornalistas, a ex-prefeita (2000-2004) disse que interpretava as vaias como "democráticas". "Não [fiquei constrangida]. Um pequeno grupo vaiou. Muita gente aplaudiu. Não dá para ir a uma reunião desse porte e não ter algumas pessoas que vaiam. Isso você tem de saber antes de vir. É normal, é natural", disse.

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Alckmin nega atrito com Kassab e falta em “ato de amor"

Na FOLHA DE S.PAULO:

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou ontem que tenha atritos com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Afirmou que uma aliança ainda é "possível" e que eleição é um "ato de amor".
Ele esteve em um evento de uma associação de bairro na zona leste da cidade, em comemoração ao Dia do Trabalho. "Eleição não é guerra. Eleição é um ato de amor às pessoas e à cidade. Não haverá nenhum problema, nenhum atrito", afirmou o tucano, em referência a sua relação com o democrata.
Kassab era vice-prefeito na chapa encabeçada por José Serra (PSDB), vitoriosa em 2004. Com a saída de Serra para a disputa pelo governo do Estado em 2006, o democrata assumiu a prefeitura. Neste ano, setores do PSDB defendem a manutenção da aliança e que o partido apóie a candidatura à reeleição de Kassab. Alckmin já declarou que será candidato e que atende a um apelo do partido, que defenderia a candidatura própria.
O ex-governador disse ontem que é possível uma aliança. "Temos até junho para fazê-la. No que depender de mim, sou um construtor de pontos e de diálogo." A interlocutores, o tucano não cogita, porém, a possibilidade de ceder a cabeça de chapa. Nem o democrata.

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Lula cria conselho para evitar que PMDB fuja da base

Em O ESTADO DE S.PAULO:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu criar uma espécie de conselho permanente do PMDB para consultas políticas regulares entre o Planalto e a cúpula partidária e para tentar, apesar das desavenças provocadas com a disputa pelas prefeituras, segurar os peemedebistas na base aliada.
Depois do que ocorreu em São Paulo e do que está acontecendo em Salvador, Lula tem medo de que o PMDB fuja por completo da base nas eleições municipais de outubro e, por ser uma legenda de poderes regionais, não dê mais "cola político-eleitoral" nem para os governos estaduais nem para a sucessão presidencial de 2010.
A primeira reunião informal do conselho do PMDB foi realizada na manhã de quarta-feira, no Planalto, em um encontro extra-agenda oficial. Estavam lá, além do presidente, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que desembarcara em Brasília de madrugada, depois de uma viagem a Quito (Equador); o deputado Michel Temer (SP), presidente do PMDB; o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN); e o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira.
Ficou acertado que o conselho peemedebista vai ser integrado por Temer, Jobim, Alves e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (BA).
Na reunião de anteontem, apesar de dizer o tempo todo que vai trabalhar por um candidato único da base aliada à sua sucessão, Lula sentiu, diante da sinceridade dos interlocutores peemedebistas, que essa tarefa política tem contornos de missão impossível.
Em resposta às idéias gerais para alinhavar, desde já, um futuro político comum entre PMDB e PT, o presidente só ouviu más notícias, que podem ser resumidas em pelo menos três constatações.

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