terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Em Belém e Santarém, mictório e garapeira afrontam as posturas públicas
O jornalista Nélio Palheta publicou no Facebook o texto abaixo (acompanhado destas fotos), sobre a demolição de um mictório - sim, meus caros, de um mictório - que havia sido construído em uma calçada, em pleno bairro de São Brás, ao lado do Terminal Rodoviário, para servir aos taxistas que têm um ponto no local.
Inacreditável?
Sim.
Inacreditável.
Mas, nesta terra onde cada um acha que pode fazer o que bem entende - e muitos acabam fazendo mesmo -, o poder de polícia da administração pública ainda é confundido, ora vejam só, com arbitrariedade, com repressão ilegal, abuso de autoridade ou coisas que tais.
E quando o Judiciário intervém, também é acusado de extrapolar na aplicação das leis. Agora mesmo, em Santarém, a terceira maior cidade do estado, um juiz vem sendo ofendido e ameaçado em redes sociais, porque mandou demolir garapeira que ocupa ilegalmente o espaço público.
Assim é.
Mas assim não deveria ser, é claro.
A postura de Nélio, denunciando a afronta ao Código de Posturas de Belém, deveria ser a postura que todos devemos ter, permanentemente, para livrar esta cidade dos que pretendem torná-la uma terra sem leis.
Leiam, abaixo, o texto do jornalista.
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O LIXO, O MICTÓRIO E AS POSTURAS
A prefeitura demoliu nesta terça-feira (12/2) um mictório construído ilegalmente na calçada da Av. Cipriano Santos, ao lado da Rodoviária de Belém. O fedor era insuportável já às 8 da manhã.
Não fosse por causa da desobediência às posturas públicas, haveria de ser demolido por ser uma incivilidade.
Ninguém pode usar o espaço público a seu critério. O município deveria processar e multar os idealizadores da obra, para efeito pedagógico.
A incivilidade que inspirou o mictório é a mesma que permite transformar esquinas, canteiros de avenidas, canais da cidade em vergonhosas lixeiras. Contra isso, a prefeitura tem, também, que usar mão de ferro.
O Intendente Antônio Lemos, que urbanizou Belém no começo dos anos novecentos, só conseguiu executar seu projeto tendo por trás um poderoso Código de Posturas. Mandava demolir construções ilegais; deu prazo, proibiu que os telhados na derramassem água nas calçadas. Mas não escapou da “Guerra do Lixo”. A implantação da coleta contemplava entregar em cada residência uma lata de lixo, importada da Inglaterra. A população reagiu e os adversários políticos endossaram a campanha contra a lata do lixo de Lemos. Pura incivilidade! Fato histórico de uma cultura antiga de desrespeito às posturas públicas. Lemos proibiu ainda o batuque em via pública; hoje, carrões com som de 150 decibéis azucrinam nossos ouvidos.
É o mesmo modelo mental que permite construir puxadinhos de bares, restaurantes e outros negócios sobre o passeio público; a ocupação (ilegal) de acostamentos em benefício individual ou empresarial; estacionar em fila dupla; sujar a cidade com grafismos; destruir lixeiras e bancos de praça.
O mictório era para o uso dos taxistas. Gente que acredita que tem o direito de mijar onde bem entendem, emporcalhando a cidade.
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2 comentários:
Este Órgão que cuida do cumprimento do Codigo de Posturas de Belém deveria passar na Travessa Vileta com Avenida João Paulo que lá os motoristas construiram uma casa na calçada, é pouco ou querem mais.
Taxistas fazem o que querem em Belém, constroem seus mictórios em via pública, pontos onde bem desejam, e param quando querem e como querem.
Deveriam é fiscalizar melhor estes ditos "profissionais" e multá-los.
Para exemplificar: Todos os dias, por volta de 18h30, na Generalíssimo com Av. Nazaré, ali na rua e de esquina, ao lado onde antes existia uma "BigBen", os taxistas simplesmente param seus veículos e compromete o caótico trânsito desta Cidade.
Se você buzina ou reclama, eles nem ligam pra você. Claro!! SEMOB não faz nada e muito menos multa estes fdp!!
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