Do G1 PA
A Polícia Federal cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão durante a operação Saldo Zero, realizada nesta quarta-feira (27) em Belém e Ananindeua, região metropolitana. Durante a operação, o coordenador de núcleo da Casa Civil do Governo do Pará, Jardel Rodrigues da Silva, foi preso por suposto envolvimento no esquema criminoso. Em fevereiro, ele chegou a assumir interinamente o cargo de chefe da autarquia.
A operação Saldo Zero serviu desarticular uma associação criminosa que estaria atuando na Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias (FUNPEA) e desviando recursos públicos federais da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Ao todo foram desviados R$ 23,5 milhões.
De acordo com o promotor de justiça do Ministério Público do Pará (MPPA) Sávio Brabo, no período de 2014 a 2018, Jardel Rodrigues da Silva atuou como diretor da Funpea, onde era responsável pelas implantações dos projetos de políticas públicas e serviços públicos que nunca foram executados.
“Além dele ser diretor (na época), também foi constatado que ele era sócio de fornecedores da Funpea. Então essa é uma relação promíscua que ocasionou desvio do recurso público, que atualmente foi apurado em torno de R$ 23,5 milhões”, afirmou o promotor do MPPA.
Em nota, o Governo do Pará informou que Jardel Rodrigues da Silva não exerce, atualmente, o cargo de chefe em exercício. Ele ocupou a função apenas nos dias 14 e 15 de fevereiro. Nas edições dos dias 15 e 18 de fevereiro do Diário Oficial do Estado, foram publicados atos assinados pelo servidor como chefe em exercício, mas esses atos são referentes aos dias 14 e 15, já que as publicações saem sempre no dia seguinte.
Ainda segundo a nota, a exoneração de Jardel Rodrigues da Silva será publicada na edição desta quinta-feira (28) do Diário Oficial do Estado.
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