quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

CRM convoca médicos para debaterem telemedicina, que também divide a classe médica no Pará


O Conselho Regional de Medicina (CRM) convidou representantes das entidades médicas para debaterem “de forma propositiva”, segundo expressões do convite, resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada na primeira semana de fevereiro, que está levantando grande polêmica entre a categoria.
A Resolução 2.227/2018, que entra em vigor em 90 dias, autoriza e incentiva o recurso à telemedicina, ou seja, o uso das inovações eletrônicas e dos meios de comunicação que surgiram com a internet para a prática de uma medicina que já não exige o contato físico. Em três meses, os médicos já poderão atender seus pacientes através de um simples vídeo, procedimento que, até agora, era expressamente proibido.
A convocação do CRN não é sem propósito. Conselhos regionais de vários estados alegam não ter participado da elaboração das normas. Chegou-se a pedir, inclusive, a suspensão das deliberações do CFM, que rebateu as críticas sob o argumento de que a resolução foi resultado de dois anos de amplas discussões deflagradas em todo o país.
Em Belém, a classe médica está dividida. Alguns profissionais ouvidos pelo Espaço Aberto preferiram no momento não se manifestar, até porque estão se inteirando da resolução. Mas reputam a telemedicina como um grande avanço que poderá ser posto em prática rapidamente.
Outros são mais cautelosos. É o caso do endoscopista Edmundo Veloso de Lima, que admite ser a telemedicina um grande avanço, mas acha que, no momento, essa alternativa “ainda não é adequada à nossa realidade”.

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