quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Há 400 anos, o transporte fluvial é a grande sacada


Do jornalista e leitor do Espaço Aberto, Ronaldo Brasiliense, sobre a postagem A grande e tardia sacada:

Paulo Bemerguy, caro amigo.
Sem querer polemizar com o amigo Francisco Sidou, mas vou vestir a carapuça: acho que o renomado jornalista "por dentro" citado pelo Sidou sou eu, que, digamos assim, coloquei o Ovo de Colombo no título de uma nota da minha coluna Por Dentro, de O Liberal.
Acho que o Sidou está equivocado ou leu mal: em nenhum momento escrevi que o Zenaldo Coutinho inventou o Ovo de Colombo - o transporte fluvial de passageiros entre Icoaraci e o Ver-o-Peso numa lancha para 133 passageiros da empresa Tapajós, privada.
Quando Caldeira Castelo Branco chegou por aqui, há 400 anos, os tupinambás já ensinavam que o transporte fluvial era o mais pertinente na maior bacia hidrográfica do planeta, com seus 20 mil quilômetros de rios navegáveis.
Então, discutir aqui quem é o "pai da criança" é perder tempo e papel.
Como dizia Napoleão Bonaparte: "A vitória tem mil pais, mas a derrota é órfã!"
Tenho um amigo brasiliense, de Brasília, que diz: "Jornalista modesto nasce morto"...
Vai ver, ele tem razão.

A resposta de Francisco Sidou, às 10h10 da manhã desta quarta-feira:

Meu renomado colega jornalista Ronaldo Brasiliense: sem querer polemizar, igualmente, apenas devo dizer que em nenhum momento me intitulei "pai da criança" na polêmica questão do transporte fluvial urbano.
Concordo que se os doutores em "mobilidade urbana" tivessem a humildade de aprender com os índios, Belém não teria hoje os graves problemas causados por um tráfego absolutamente insuportável, dispondo em seu entorno de tantas vias naturais, colocando em prática o ensinamento do poeta Ruy Barata na maravilhosa canção "esse rio é a minha rua".
Só mantenho o que disse: para ser viável, uma linha de transporte fluvial urbano precisa estar integrada a outro modal de transporte, no caso os ônibus, e ainda praticar preços compatíveis com o poder aquisitivo de cerca de 90% de seus possíveis usuários. Passagem a R$ 10,00 é para turista contemplar a bela paisagem da cidade, e não como meio de transporte diário para trabalhadores, donas de casa, aposentados e estudantes de Icoaraci que trabalham ou estudam em Belém.
A reportagem que passou na TV sobre a primeira viagem na segunda-feira, 18, foi absolutamente didática e emblemática: pagantes mesmo só tinham cinco passageiros a bordo.
Creio que não precisa nem ser "doutor" em mobilidade urbana para concluir pela inviabilidade dessa nova linha como opção para desafogar o trânsito de Belém. Basta ser um cidadão que sofre diariamente com os engarrafamentos colossais e com a falta de um transporte coletivo limpo e decente em nossa Belém, vítima da "cultura do atraso" e das medidas cosméticas e eleitoreiras que só têm agravado tais problemas urbanos.
Saúde e Paz, caro colega Brasiliense.
Continuo lendo sua coluna para ficar "Por Dentro" das notícias.

5 comentários:

Anônimo disse...

Falando em transportes Paulo, veja o que está ocorrendo na Setran nessa gestão do Sr. Kleber Menezes:

1- Vários contratos temporários foram encerrados no ano de 2015 e esses ex funcionários temporários que já deveriam ter saídos, continuam no cargo sem admissão na Secretaria, manipulando e despachando processos, como se ainda estivesses legalmente trabalhando, nesse caso estão a nora e sobrinha do Hélio Cardoso, atual secretário adjunto. Fato já foi denunciado como nepotismo para o atual secretário mas não toma nenhuma atitude.
2- Mais grave ainda são ex servidores temporários também sem nenhum vínculo funcional, que também foram contratados pela empresa paulista VETEC, assim como os parentes do adjunto, despachando normalmente na Auditoria da SETRAN. Atos esses de conhecimento da Renata Souza, chefa do jurídico, funcionária de carreira da PGE, que foi deslocada pra lá para moralizar a casa e no entanto os desmandos continuam com conhecimento dos dois secretários de transportes.
3- Kleber Menezes pouco comparece na SETRAN, delegou amplos poderes para o Adjunto que emperra os processos das empresas que não são bem vindas a sua administração.
No início do seu novo governo Jatene nomeou um louco varrido com mentalidade doentia e atrasada que não durou 120 dias naquele órgão e depois um megalomaníaco que adora holofotes, pensa em ser governador do estado na próxima eleição e não recebe os empreiteiros que estão sem receber há meses alegando que tem muito o que fazer.

Anônimo disse...

O professor falecido SEIÓ GUCHI, de engengaria mecânica, da UFPA; tinha projeto de fazer isto através de lancha flutuante (overcraft). E isso há mais de 40 anos era o seu projeto.
Certamente antes desses neófitos.

Francisco Sidou disse...

Meu renomado colega jornalista Ronaldo Brasiliense: sem querer polemizar, igualmente, apenas devo dizer que em nenhum momento me intitulei "pai da criança" na polêmica questão do transporte fluvial urbano. Concordo que se os doutores em "mobilidade urbana" tivessem a humildade de aprender com os índios, Belém não teria hoje os graves problemas causados por um tráfego absolutamente insuportável, dispondo em seu entorno de tantas vias naturais, colocando em prática o ensinamento do poeta Ruy Barata na maravilhosa canção "esse rio é a minha rua". Só mantenho o que disse: para ser viável uma linha de transporte fluvial urbano precisa estar integrada a outro modal de transporte, no caso os ônibus e ainda, praticar preços compatíveis com o poder aquisitivo de cerca de 90% de seus possíveis usuários. Passagem a R$-10,00 é para turista contemplar a bela paisagem da cidade e não como meio de transporte diário para trabalhadores, donas de casa, aposentados e estudantes de Icoaraci que trabalham ou estudam em Belém. A reportagem que passou na TV sobre a primeira viagem na segunda-feira, 18, foi absolutamente didática e emblemática: pagantes mesmo só tinham cinco passageiros a bordo.Creio que não precisa nem ser "doutor" em mobilidade urbana para concluir pela inviabilidade dessa nova linha como opção para desafogar o trânsito de Belém. Basta ser um cidadão que sofre diariamente com os engarrafamentos colossais e com a falta de um transporte coletivo limpo e decente em nossa Belém, vítima da "cultura do atraso" e das medidas cosméticas e eleitoreiras que só têm agravado tais problemas urbanos. Saúde e Paz, caro colega Brasiliense.Continuo lendo sua coluna para ficar "Por Dentro" das notícias...

Blog do Marcos Teixeira disse...

Francisco Sidou, não se pode esquecer que o trabalhador comum ainda teria que pagar além dos R$-10 reais, mais duas passagens de R$2,70, pois tem que chegar no terminal de Belém e sair do terminal do Ver-o-Peso, por isso é tão essa ligação com o transporte modal - sequer há um bicicletário nesses locais-, para que a lancha "popular" que se avizinha seja de fato viável. Eu não vejo a hora de deixar o carro em casa e usar o transporte público, o que hoje é inviável e, pasmem, caro, e infelizmente o BRT não vai resolver! Hoje em matéria de serviço público não se precisa inventar nada, basta copiar, temos aí a ideia d Bilhete Único, dos Terminais de Integração, de usar o Rio, mas nada, infelizmente nada é colocado em prática por conta dos empresários de transporte público, que não conseguem enxergar que só fazem perder dinheiro, e espaço pras vans e mototaxis, como conta dessa visão míope.

Anônimo disse...

Olha,conheço o Kléber e ele é um cara de campo. Ele não é burocrata pra ficar só atrás de uma mesa . Secretário tem que está nas obras. Podemos tirar o chapéu pro Cearense. Ele tocou a obra da ponte e concluiu.Queirsm ou não, o cara gosta de trabalhar e conhece o estado,msis do que muito paraense.Sei que I governo tem seus pecados administrativos, mas tem gente boa.