quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Por que ainda insistem com o Carnaval na Cidade Velha?
Que mal a gente pergunte, meus caros.
Quem mal nós perguntemos.
Afinal de contas, por que insistem ainda em fazer Carnaval nas ruas da Cidade Velha?
Digam aí.
Vocês viram a violência de que foi vítima o jornalista Diogo Puget, desenhado nas costas por trogloditas que o assaltaram e depois o espancaram, nas barbas de seguranças dos blocos?
O rapaz levou 120 pontos.
Simplesmente, 120.
Viram o caso do estudante Felipe Andryo Lima, de 19 anos, que morreu após ser atingido por tiros ao deixar um bloco de carnaval no bairro, no último sábado?
Haverão dizer os pragmáticos que esses episódios são, digamos assim, eventuais ou pontuais.
Uma ova.
Mil ovas que são.
E o barulho que inferniza os moradores do local?
E as pessoas idosas e doentes, residentes em casas e, portanto, mais expostos ao fuzuê?
E a bebedeira?
E a xixizeira?
Olhem essem vídeo aí.
É de 2010.
Não pensem que essa situação acabou, não.
Continua há seis carnavais, incluindo este, de 2016.
Sim, é necessário que se reforce a segurança no local.
Muito bacana que seja assim!
Mas o que deviam mesmo, repita-se, era acabar com o Carnaval na Cidade Velha.
Por que não no Portal da Amazônia, um espaço mais amplo?
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7 comentários:
"No portal? E as as pessoas idosas e doentes, residentes em casas e, portanto, mais expostos ao fuzuê".
E, se ele fosse em outro bairro?
"E a bebedeira? E a xixizeira?"
Então, no rio pode?
No Jurunas, que faz parte da favela que representa 55% de belém, pode?
Para oferecer outra pergunta ao público distinto, fica a pergunta:
Por que não na Aldeia Cabana, um espaço mais amplo e já com investimento público feito para isso e que os governos do PSDB relutam em usá-lo?
Será que o fato de ter sido criado pelo PT, impede do PSDB autorizar o Zenaldo Coutinho e o Simão Jatene, de terem feito mais por Belém?
Eu acho que eles pensam que o bairro da Cidade Velha é Olinda (PE). O que é uma burrice. Lá não é um bairro é uma ciadade, pequena, mas bem maior que um bairro. É um carnaval só de marchinhas, de blocos sem cordões de isolamento. A fantasia é da escolha do freguês. É uma cidade histórica tombada e mesmo com todo o cuidado em não destruí-la sofre alguns arranhões na época de Momo. Escrevo isso para discordar dos que aqui em Belém tentam justificar o horror que você tão bem descreve sobre o carnaval da Cidade Velha.
Lixo atrai lixo.
Não seja o primeiro a jogar lixo, nem mesmo um palito de fósforo, papel de bala ou bituca de cigarro no passeio público.
Logo, mijo atrai mijo.
Seja o primeiro, ao ver alguém mijando no passeio público, a cortar o pistolim do mijão!
Onde a educação para milhões de miseráveis e de milhares de ricos e remediados falha desde o berço;
onde a Educação é item secundário para os eleitos para o Executivo e o Legislativo e seus asseclas indicados e devidamente comissionados;
onde a impunidade campeia e, os eleitos e seus indicados negligenciam e roubam a coisa pública e, mesmo assim são reeleitos e mantidos nos cargos,
não é de se estranhar quando assistimos ou sofremos na carne as consequências dos crimes cometidos, da falta de respeito dos mijões, beberrões e suas arruaças perturbando o sossego público, ou não?
Onde foi que erramos?
Merecemos esse degradado ambiente político, econômico e social, com milhões sendo desempregados e horizonte com nuvens negras justamente, sendo nós o "Brasil, Celeiro do Mundo", cantado em samba enredo da Unidos de Padre Miguel, para o Carnaval de 2013, ou seja, em pleno Governo Dilma e após o Governo Lula, que trocaram os pés pelas mãos e estamos numa crise que punirá até aqueles que ainda irão nascer?
Merecemos esse ambiente repleto de mijões, beberrões, depravados, assaltantes e homicidas decorando o que seria uma "antessala do infernal terceiro mundo, capacho e escarradeira do primeiro mundo", ao som do "Samba do Crioulo Doido", de Sergio Porto “Stanislaw Ponte Preta”, lançada em 1968, ano do AI-5 que marcou o início do período mais duro da ditadura militar?
Felizes seríamos, se o Carnaval no Brasil fosse levado a sério!
Carnaval imperando a Alegria, a Confraternização, o Amor nascido na sexta-feira e, para muitos, terminando na quarta-feira de cinzas com o coração despedaçado e sem mais conserto, mas todos os foliões cantarolando essa música do Carnaval de 1967, daquele período quando a ditadura militar ainda não estava endurecida pelo AI-5, só mijava na cabeça deste ou daquele rebelde risco em potencial para Revolução” (ou, “rebelda”, no caso da nossa “presidenta”):
"Máscara Negra
Zé Keti e Pereira Matos, para o Carnaval de 1967
Quanto riso, oh, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Quanto riso, oh, quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou, meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval"
kkkkkkk....
Porque querem renascer culturalmente o bairro na marra. Independente disso, haveria violência em qualquer lugar. Basta transferir para outro e o resultado seria igual. O povo paraense é extremamente violento.
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