Para alguns advogados, a primeira missão de Jarbas Vasconcelos, ao retomar o cargo do qual foi afastado em outubro do ano passado, será evitar, a qualquer custo, que os ânimos sejam reacesos com a sua volta.
Nesse sentido, apostam que nem será tão difícil ao presidente que reassume alcançar esse objetivo, uma vez que seria do interesse de todos os grupos não expor ainda mais a entidade a uma guerra interna como a que dominou a OAB do Pará durante todo o segundo semestre do ano passado, quando estiveram em evidência as disputas em torno de supostas irregularidades sobre a venda de um terreno em Altamira.
Mas há, entre outro grupo de advogados, quem avalie que, muito embora Jarbas tenha êxito em suas pretensões de acalmar os ânimos, dificilmente isso será alcançado, porque logo, logo o clima eleitoral estará às portas, reacendendo hostilidades que novamente poderão ser muito desgastantes para a imagem da OAB.
Três coisas, porém, são certas.
A primeira: Jarbas Vasconcelos é candidatíssimo à reeleição. E desta vez não poderá mais contar com alianças como a que celebrou com o apoio dos grupos que têm como líderes os ex-presidentes Ângela Salles e Ophir Cavalcante, este o presidente nacional da entidade, que também tem aspirações a se reeleger.
A segunda: encontrar um candidato único de oposição a Jarbas Vasconcelos será tão improvável quanto um remista sentar-se na arquibancada do Paysandu, em dia de Re-Pa , ou um bicolor sentar-se na arquibancada do Remo. O mais provável é que, pelo menos, dois candidatos – de peso, vale dizer - se apresentem para disputar com Jarbas Vasconcelos a presidência da Ordem.
A terceira: se a última campanha eleitoral da OAB do Pará, aquela em que Jarbas se elegeu na disputa com Sérgio Couto, foi uma das mais violentas da história da entidade, a próxima campanha, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, deverá ser tão ou mais acirrada.
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