Sessão especial da Assembleia Legislativa do Pará resgatou, nesta quinta-feira (26), a memória e a dignidade de brasileiros que atuaram como "soldados da borracha". Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), milhares de brasileiros de todas as regiões do país foram convocados pelo presidente Getúlio Vargas a se estabelecerem na Amazônia para trabalhar nos seringais, produzindo a borracha necessária à indústria bélica, por meio do Acordo de Washington, assinado entre o Brasil e os Estados Unidos. Mas, após a guerra, esses homens foram abandonados.
A sessão foi proposta pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol) e reuniu representantes de órgãos públicos que poderão garantir o acesso desses heróis nacionais à pensão vitalícia do governo federal.
Edmilson destacou que cerca de 60 mil soldados da borracha, dentre esses, quase a metade desapareceu na selva amazônica ou morreu em razão das péssimas condições de transporte, alojamento e surtos epidêmicos. “O pior é que após o fim da guerra, os Soldados da Borracha foram abandonados pelo Estado brasileiro. Somente após a Constituição de 1988 é que uma pensão passou a ser direito desses trabalhadores, mas as dificuldades para consegui-la são enormes”, destaca.
O defensor público do Pará, Carlos Eduardo Barros, criou o Projeto Soldado da Borracha, que visa resgatar a história desses heróis anônimos e possibilitar o acesso deles à pensão vitalícia concedida pelo governo brasileiro. O defensor é um dos convidados da sessão especial, assim como os Ministérios Públicos Estadual e Federal, entidades de defesa dos direitos humanos, Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e outros órgãos.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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