Então, é assim. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou, em sua sessão de ontem à noite, uma decisão das mais bacanas.
Das mais interessantes.
E que poderá se constituir em decisão das mais inócuas.
O TSE, simplesmente, decidiu que os candidatos estão proibidos de fazer propaganda eleitoral por meio do Twitter antes do período liberado para divulgar candidaturas. Nas eleições municipais deste ano, a propaganda estará permitida, inclusive no microblog, só a partir do dia 6 de julho.
Os candidatos que fizerem propaganda eleitoral antecipada expõem-se ao risco de sofrer multa que varia R$ 5 mil a R$ 25 mil. O veto à propaganda antecipada pelo Twitter vale só para os candidatos, partidos e envolvidos na campanha.
Agora, vejam só que mais bacana: o eleitor que simpatize com algum candidato ou partido pode se manifestar livremente.
Hehehe.
Parece brincadeira, mas é verdade.
Primeiro, ressalte-se a subjetividade do que é ou não é propaganda.
Segundo, considere-se que o Twitter é um mundo. Há milhões de pessoas tuitando a todo minuto. Como é que isso será monitorado?
Terceiro, o TSE, parece, equipara a propaganda no Twitter à veiculada em outras mídias - TV, rádio, jornais etc.
Mas nessas mídias, se aparece um anúncio de página inteira ou uma inserção de 2 minutos numa emissora de televisão, veiculando mensagem de eleitor que parabeniza fulano ou sicrano, isso por certo vai arregalar os olhos da Justiça Eleitoral, que vai desconfiar do próprio candidato, suspeito de financiar aquela, digamos, singela homenagem.
Mas no Twitter, não.
No Twitter, segundo o entendimento do TSE, o candidato pode contratar trocentos mil assessores e dizer a eles: "Falem bem de mil. Todo dia, o dia todo. O TSE liberou que vocês façam isso. Mas eu não posso".
Céus!
Isso tudo parece brincadeira.
E é.
Um comentário:
É...mas a colocação de placas mil por toda a cidade, alardeando asfaltamento até de becos e vielas que até hoje não receberam nem piçarra, NÃO É PROPAGANDA POLÍTICA FORA DE HORA , É ASSUNTO RELEVANTE, EDUCATIVO E INFORMATIVO.
Duciomar, o inalcançável, que o diga.
Te manca TSE.
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