quinta-feira, 24 de março de 2011

E tome-lhe blablablá!

Exatamente às 16h39 de ontem, quarta-feira, , o jornalista Lauro Jardim postou em seu blog, sob o título “Em síntese”, a seguinte nota.

Gilmar Mendes acaba de completar uma hora que está votando contra a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições de outubro. A posição de Gilmar já era conhecida em dois julgamentos anteriores.
Vinte minutos atrás, ele chegou a dar uma indicação de que iria encerrar seu voto: “em síntese…”
(Atualização às 16h53: Gilmar Mendes demorou uma hora e dezesseis minutos para dar seu voto)


A nota era essa.
Olhem só.
O Espaço Aberto já teve oportunidade de abordar essa, digamos, prolixidade (toma-te!) desnecessária de nossas Excelências.
Ninguém, fora de toda a brincadeira, aguenta mais ouvir ministro do Supremo e de tribunais superiores ficar lendo aqueles votos quilométricos nas sessões.
É um blablablá que não acaba mais.
O julgamento de ontem sobre a Ficha Limpa poderia ter sido encerrada, sem exagero, em 15 minutos.
Os dez ministros que já haviam votado na sessão plenária de outubro apenas diriam: “Como em outubro do ano passado, voto a favor (ou contra) a vigência da lei para a eleição de 2010”. Cada um não precisaria de mais de 1 minuto para dizer isso.
E quanto ao 11º ministro, Luiz Fux, com certeza não precisaria de mais de cinco minutos para resumir seu voto.
Pronto. Seriam 15 minutos no máximo.
Mas não.
O julgamento durou horas.
Começou um pouquinho antes das 15h e foi terminar por volta das 20h.
Cinco horas de blablablá.
Mas isso, vocês sabem, é o poder dos holofotes.
Como muitos coleguinhas – não todos, claro – que adoram de holofotes, muito embora sejam apenas jornalistas, nossas Excelências também são chegado a luzes.
Nem todos gostam tanto.
Mas muitos adoram.
Ora se não!

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