sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tomara que imitem Fux. Tomara!

Ufa!
Tomara que seja verdade.
Ao que se diz, o ministro Luiz Fux, já aprovado para ocupar a vaga de 11º ministro do Supremo, diz em sua autobiografia, disponível no site da Uerj, onde estudou, que nunca, jamais, em tempo algum, leu um voto em sessão.
"Não leio os meus votos. Explico qual é a ideia que tenho do caso e, eventualmente, só para fechar o raciocínio, leio a síntese do voto. Essa metodologia de ficar lendo, ninguém presta atenção, ninguém aguenta”, diz o magistrado.
Maravilha, Excelência!
Maravilha!
Ninguém aguenta mesmo ouvir ministro do Supremo e de tribunais superiores ficar lendo aqueles votos quilométricos nas sessões.
Queremos – todos, se exceção – saber duas coisas: o fundamento da decisão do magistrado e, afinal de contas, como é que ele vota. E isso pode ser feito rapidamente, em cinco ou dez minutos.
Todos deveriam fazer como Fux.
E quem quisesse ter acesso à integra do voto, bastaria acessá-lo no site do tribunal respectivo.
Mas não é o que acontece.
Como as sessões são transmitidas pela TV, ao que parece Suas Excelências, sobretudo nos grandes julgamentos, querem mostrar erudição.
Não precisa isso.
Todos sabemos que os integrantes de tribunais têm notório saber.
Aliás, se não o tivessem, não estariam onde estão, não é?
Pois então.
Queremos ver é Suas Excelências dizendo, sem rodeios, como votam.
Só isso.
Se todos imitassem Fux, os tribunais seriam mais céleres.
Com a mais absoluta certeza.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não acho errado ler o voto. É uma decisão séria, fundamentada, não jogo de platéia.

Anônimo disse...

Concordo com o comentário acima e discordo totalmente do post. Quem acompanha a rotina dos Tribunais sabe que a prática é voto resumido, justamente para atender a tal celeridade. Eles só leem os votos na íntegra nos casos de maior repercussão, aos quais provavelmente o blog faz referência. A importância de ler o voto todo está na necessidade do colegiado discutir todos os fundamentos da decisão tomada. Isso porque, com muita frequência, algo que está no voto de um só e não foi discutido por todos é usado como fundamento para outras decisões como se fosse algo assentado plenamente. É preciso ter muito cuidado com isso..