terça-feira, 22 de março de 2011

E Fux, votará como?

Reportagem da revista IstoÉ, edição desta semana, faz saltar das entrelinhas a quase convicção de que o ministro Luiz Fux (na foto) estaria propenso a se posicionar favoravelmente à vigência da Lei da Ficha Limpa para a eleição de 2010 e à sua retroatividade.
Diz um trecho da matéria, intitulada O homem que aterroriza os políticos:
A considerar os comentários de Fux, os candidatos atingidos pela Ficha Limpa que ainda depositam esperança em recursos extraordinários podem procurar outras atividades. Se votar a favor da imediata entrada em vigor da lei, confirmará a punição de vários candidatos pela Justiça Eleitoral e, com isso, mudará a composição do Congresso Nacional.

A revista se baseia em observações que Fux estaria externando a assessores nos últimos dias e que sinalizariam sua opinião de que a Lei da Ficha Limpa é "muito boa, é uma lei democrática”.
Isso, parece, não é novidade.
O ministro já o disse, em outras palavras, mas com o mesmíssimo sentido, quando foi sabatinado no Senado.
A senadora Marinor Brito, inclusive, confirmou tais assertivas de Fux ao ser entrevistada pelo blog.
Aliás, quando participaram daquele julgamento meio kafkiano, em outubro do ano passado, os dez ministros presentes, sem exceção, saudaram publicamente a Lei da Ficha Limpa como um avanço no sentido de moralizar a vida pública.
E o que aconteceu?
Cinco votaram contra a vigência para 2010 e contra a irretroatividade, e dez votaram exatamente ao contrário.
Resumo da ópera: o posicionamento de Fux ainda é um mistério.
Claro que é.

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