Olhem só.
No sábado à noite, lá por volta das 21h, 22h, retroescavadeiras removiam entulhos do edifício que desabou.
Porta-vozes do Corpo de Bombeiros chegaram a dizer que isso era necessário para facilitar o acesso às areas onde provavelmente haveria pessoas soterradas.
Tudo muito bom.
Tudo muito bem.
Mas, como lembrou ao blog uma pessoa que entende de construção civil, esses entulhos são essenciais para a perícia.
Essencialíssimos, melhor dizendo.
Um pedaço de ferro, por exemplo, poderá indicar à perícia se a bitola era adequada ou não numa estrutura como a do edifício.
Da mesma forma, um pedaço de concreto poderá favorecer uma análise mais adequada sobre a sua consistência.
E por aí vai.
Afinal de contas, alguém teve o cuidado de separar parte - pelo menos parte - desses entulhos para favorecer o trabalho pericial que necessariamente terá de ser feito?
O presidente do Crea, José Viana, garante que todo o material foi removido para a área do Iate Clube, onde será preservado.
Menos mal.
Mas também há informações de que o entulho, tão logo começou a ser acumulado no Iate, começou a ser visitado por saqueadores.
Tudo mal.
E a perícia, como vai ficar?
4 comentários:
Quanto mais sei sobre esse desabamento, mais me espanto com a falta de preparo, de toda ordem, para lidar com a situação.
O próprio fato remover os escombros já exclui da perícia elementos importantísssimos para a análise do sinistro.
A observação de como ficaram dispostos, pós queda, os elementos estruturais , vigas e pilares, fornece importantes dados a serem somados na conclusão do trabalho.
Quem é da área do direito ou quem assistiu ao filme Conduta de Risco com o ator George Clooney, sabe que a atuação jurídica em casos como esses do desabamento de prédio da Construtora Real, atua em duas frentes.
A primeira atuação se dá na destruição de eventuais provas existentes.
Na segunda, na enxurrada de incidentes processuais a fim de postergar ao máximo a decisão final.
Em tempo, deve-se registrar que os ferros da obra estão sendo levados da área do Iate para serem vendidos no ferro velho. Estão destruindo as provas. Isso é tudo que o corpo jurídico da construtora quer e almeja neste momento.
gostaria que o procurador de justiça que tem se mostrado tão rigoroso em punir vendedor de carangueijo e ambulantes, demontrasse o mesmo rigor e zelo na apuração desta tragédia do real class
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