Do jornalista Ronaldo Brasiliense, no site O Paraense
Carlos Drummond de Andrade escreveu o poema sobre "a pedra que havia no meio do caminho", que se transformou num ícone quando se trata de dificuldades encontradas à nossa frente nos caminhos da vida.Nas suas primeiras três semanas de gestão, o governador Simão Jatene, eleito com mais de 380 mil votos na disputa contra a então governadora Ana Júlia Carepa, mostrou que não voltou ao poder - que exerceu entre 2003 a 2006 - para fazer demagogia.
Corte nos gastos públicos, suspensão do pagamento de contratos firmados no governo anterior e o pedido para que fossem retirados da pauta todos os projetos enviados pelo governo Ana Júlia à Assembléia Legislativa foram medidas necessárias para garantir a governabilidade diante da irresponsabilidade fiscal do governo do PT, que espalhou "cascas de banana" - e não apenas pedras no meio do caminho -, para tentar inviabilizar o governo de Jatene, consagrado nas urnas.
Ana Júlia e seus "luas pretas" simplesmente jogaram a Lei de Responsabilidade Fiscal no fundo do poço, principalmente depois iminente da derrota nas urnas, concedendo gratificações para policiais civis e militares que representam gastos de R$ 40 milhões por anos - e enviando à Assembléia Legislativa uma proposta de reajuste linear para todos os mais de 100 mil servidores públicos do Estado, ativos e inativos, sem deixar no orçamento do Estado dee 2011 os recursos necessários para o pagamento dessas despesas.
Administrador público testado e aprovado como gestor do Estado em seu primeiro mandato, ele mesmo servidor público há mais de 40 anos, Simão Jatene herdou do governo de Ana Júlia uma dívida superior a R$ 700 milhões e um caos administrativo só comparável ao encontrado por Almir Gabriel após a desastrada gestão de nove meses do ex-governador Carlos Santos, que deixou o Estado falido.
Os R$ 700 milhões de dívidas deixadas por Ana Júlia representam, na prática, mais de 20% do orçamento do Estado - de R$ 12 bilhões - se levarmos em conta que mais de 50% do orçamento estão comprometidos com o pagamento dos salários do funcionalismo público e pelo menos 25% das verbas são "carimbadas" para investimentos e despesas nos setores de saúde e educação.
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3 comentários:
Caro blogger,
Diante disso é lícito perguntar - e o que faz , ou melhor, por que então o Tribunal de Contas do Estado aprova , pelo seu relator Ivan Cunha , todas as contas do governo de Ana Júlia???
Não esqueçamos que o TCE tem uma única tarefa - e , aliás, seus integrantes são regiamente pagos prá isso - a de fiscalizar e julgar a licitude das contas do governo do Estado!
Por que , então , o executivo atual mostra tantas irregularidades e o TCE , cujo relator é Ivan Cunha , não desaprova nada!
Para que serve, afinal , o Tribunal de Contas do Estado e seus mui bem pagos conselheiros???
Caro Paulo
O governador Jatene mandou retirar os projetos enviados pela a ex governadora a ALEPA, porque a maioria desses projetos era de interesse dos servidores em relação a ganho real de salário. São projetos a relacionados a cargos e salarios.
A Pirotecnia do remanejamento do orçamento se refere a isso: Servidor pode se lascar, agora, as obras não podem deixar de fazer, tudo bem que obras são importantes, porém, obras pra movimentar os colaboradores!
Bem feito! esses funcionários públicos vão sentir é saudade da Ana Julia.
Esse levantamento que os tucanos estão fazendo, é legal. O mesmo não foi feito pela petezada. hehehehe
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