A polícia apreendeu por volta das 22h30 desta quarta-feira (30 de setembro) material impresso com acusações ao senador Flexa Ribeiro (PSDB), que concorre à reeleição pela “Juntos com o Povo”. A coligação tem Simão Jatene candidato ao governo do Estado.
O material foi apreendido nas dependências da produtora P2 Eventos e Publicidade, pertencente a Márcio Panzera, irmão de Jorge Panzera, candidato a deputado federal pelo PCdoB. O partido é um dos 14 integrantes da “Frente Popular Acelera Pará”, que apoia a reeleição da governadora.
Jorge Panzera ocupou cargos de relevância no governo. Chegou a exercer, por exemplo, a função de subchefe da Casa Civil e, até desincompatibilizar-se para concorrer às eleições deste ano, era o titular da Secretaria de Esporte e Lazer do governo petista.
Por volta das 19h30, portanto bem antes da apreensão do material impresso na produtora – situada na rua Manoel Evaristo nº 1040, entre as travessas Curuçá e 14 de Março, no bairro do Telégrafo -, dois homens, Mauro Augusto dos Santos Marques e Paulo Sérgio Monteiro Rodrigues, foram detidos na avenida Visconde de Souza Franco, a Doca, nas imediações do Boulevard Shopping, distribuindo os panfletos com acusações ao senador.
Os dois disseram que uma conhecida deles, cujo nome não chegaram a mencionar, é que lhes repassou o material e pagou a cada um a quantia de R$ 15,00 para que fizessem a distribuição. Informaram ainda que a produção dos impressos seria de responsabilidade da P2 Eventos e Publicidade.
De posse dessas informações, a assessoria jurídica da coligação “Juntos com o Povo” acionou a DIOE (Divisão de Operações Especiais) e todos se dirigiram para a sede da produtora, em frente da qual aguardaram a chegada de Márcio Panzera, que abriu a empresa e facilitou a apreensão de todo o material pela polícia.
O material impresso, assinado por entidades como a Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UNE (União Nacional dos Estudantes) e UJSPA (União da Juventude Socialista do Pará), foi levado no início desta madrugada para a Seccional do Comércio e deverá ser periciado.
Como se trata supostamente de crime eleitoral, o caso será transferido para a Polícia Federal, que vai proceder às investigações para chegar aos responsáveis pela impressão do material e por seus financiadores.
Até o início da madrugada de hoje, o blog tentou contactar com alguém da coordenação da Frente Acelera Pará, mas não conseguiu.
4 comentários:
Ha! Ha! É o desespero!!
Não se faz mais comunista como antigamente!
Se a notícia for realmente essa é meio temeroso ver a Policia Civil (DIOE), a qual não detém qualquer competência para apuração de crime eleitoral, estar envolvida em um episódio desses, a troco de que? ou seria de quem? A rigor do que manda a legislação eleitoral, apreensão de material eleitoral só pode ser feito pela Policia Federal, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral
Nem se faz mais estudantes como antigamente.
Agora é tudo chapa-branca.
Orra meu.
Fica no ar a indagação: a quem interessa essa porcaria impressa?
Hein cumpanherus?!
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