quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E do Wlad, o que dizer dele?

Do leitor Yúdice Andrade, sobre a postagem Imprensa internacional acha deprimente eleger Tiririca:

E os paraenses não elegeram o Wlad?
Não foram milhões de votos, mas foi novamente a primeira colocação para a Câmara Federal.
Talvez porque atinja a nós, paraenses, isso me parece bem mais deprimente do que eleger o Tiririca.

9 comentários:

Anônimo disse...

E o Beto Faro, Chico da Pesca ... etc.

Anônimo disse...

Nem tiririca nem Wlad nem Ratinho Jr...
Deveriam ser todos barrados mesmo

Anônimo disse...

Peixe, esqueceu do Romário que se elegeu pelo RJ?

Anônimo disse...

Não se pode exigir muito de um eleitorado que, segundo dados divulgados pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral - TSE, tem baixa instrução ou escolaridade (49% tem, quando muito, o primeiro grau completo.

É evidente que a democracia funciona bem melhor quando os cidadãos possuem curso superior e são capazes de formular juízos críticos sobre os atos dos governantes ou seus representantes.

Nossa educação medíocre é um dos grandes obstáculos a um aprimoramento mais rápido e efetivo de nossas instituições democráticas.

Uma sociedade civil, cuja maioria dos membros estudou muito pouco ou quase nada, lê pouco e ignora como funciona as instituições democráticas, pode ser facilmente manipulada por líderes populistas e demagogos.

Faltou-nos, a toda evidência, uma cultura política consolidada - mas como obter isso se 49% do eleitorado só têm, quando muito, o primeiro grau de ensino completo!?

Anônimo disse...

Não entendo porque tanto bafafá em relação a eleição do Tiririca, Romário e outros; Os paraenses elegeram, em 2008, a Ana Júlia como governadora, os brasileiros, por dois mandatos, o Luis Inácio que se orgulha de não ter concluído a 4a série do ensino fundamental. Ora, vamos deixar de hipocrisia, cada povo tem o governo que merece, e mais, ao que me consta, no caso de Tiririca, se elegeu sem comprar um voto sequer, portanto, sua vaga na câmara é mais legítima do que a de muitos políticos por esse Brasil afora.

Rui Alcantara

Yúdice Andrade disse...

Gostaria de sugerir um outro viés ao anônimo das 22h05.
Embora um nível mais alto de escolaridade permita maior consciência de cidadania do eleitorado e, em tese, escolhas mais refletidas e sensatas, no Brasil ainda precisaríamos enfrentar um outro aspecto grave: o brasileiro é por demais individualista.
Conheço inúmeras pessoas que, tendo nível superior e, supostamente, ótima formação moral, escolhem seus candidatos com base em promessas pessoais, tais como nomeação para cargos públicos. Ou seja, o voto do pobre sem instrução se compra com uma cesta básica; o do remediado estudado, com cargos, contratos, afagos.
Como se pode instituir uma verdadeira democracia neste país, se as pessoas votam olhando apenas para o próprio umbigo?

Anônimo disse...

Se for seguir tua lógica, prezado Y. Andrade, todos têm um preço, do miserável ao cidadão classe média. Trata-se de um argumento falacioso que não desconstitui os argumentos articulados em favor de um melhor funcionamento da democracia com cidadãos instruídos e informados.
Quero te dizer, por fim, que nem todos estão à venda neste país (eu não estou!!!).

Anônimo disse...

Parabéns Yúdice, vc falou a verdade, eu já vinha a muito tempo querendo ler ou ouvir esse pensamento.A maioria da população brasileira é sim individualista, só pensa no seu umbigo, quer resolver o seu problema, que ser dá bem, e nesse caso não tem diferença o rico ou pobre, estudado ou aquele que não estudou.

Yúdice Andrade disse...

Das 13h06, não pretendi afirmar que todos têm um preço, embora muita gente acredite piamente nisso. Trata-se de um comentário generalizado e toda generalização é melindrosa. O fato é que as práticas por mim mencionadas são mesmo tão comuns, e as pessoas as aceitam com tanta desfaçatez, que realmente acredito ser procedente a minha alegação.