quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A democracia sob o risco de ir a pique

De um Anônimo, sobre a postagem Procurador se manifesta contra registro de Jader ao Senado:

Não sou advogado, entretanto me sinto na obrigação, como cidadão brasileiro, de me manifestar sobre o assunto, que deixa de ser de interesse único do candidato Jader Barbalho para ser de interesse coletivo.
A negativa do TSE, por si só, já é um desagravo aos princípios constitucionais. A alegação do procurador federal que diz “a renúncia ao cargo de senador da República com a finalidade de escapar de processo por quebra de decoro parlamentar e de preservar a capacidade eleitoral passiva consiste em burla rejeitada por toda a sociedade. De forma que a inovação trazida pela chamada Lei da Ficha Limpa, que, aliás, teve o impulso da iniciativa popular, se harmoniza com o interesse público de preservar a probidade, a moralidade e os valores democráticos e republicanos, afastando, ainda que temporariamente, da administração pública aqueles que denotem vida pregressa incompatível com o exercício do mandato eletivo”, se constitui em uma insensatez e principalmente, de ignorância à vontade popular. Afinal, Jader Barbalho foi eleito senador por livre escolha popular, portanto bota abaixo o argumento usado pelo procurador que diz "teve o impulso da iniciativa popular".
Desta forma, se mantido o parecer do procurador, rasga-se a Constituição Federal e coloca-se a pique a Democracia Brasileira, uma vez que não se respeita a vontade popular emanada das urnas.Jader livre já.

6 comentários:

Anônimo disse...

Então tá, vontade popular por vontade popular, vamos contabilizar quem teve mais voto, se foi o senador do anônimo ou o ficha limpa...aí o Jader dança.
Na realidade, os inconformados precisam se conscientizar de uma coisa: está sendo fechado um ciclo no Pará ...é isso!

Anônimo disse...

85% do povo brasileiro, em pesquisa do Ibope, se manifestou a favor do "Ficha Limpa". E ainda, esse foi um projeto de iniciativa popular. Um sentimento nato dos brasilieiros contra políticos que usam o cargo para seu próprio benefício.E como, ainda, há gente que troca seu voto por muito pouco, por falta de informação, por desvio de conduta, ou até mesmo pela sua situação precária, sendo totalmente dominado por esses mesmos políticos, não tem como permitir eles ficarem na vida pública.

Anônimo disse...

Se a manifestação do procurador foi um desagravo aos princípios constitucionais, então vamos acatá-la, não?

Anônimo disse...

"Jader livre já"... O jáder foi preso e não me visaram???
Ele (advogado) conseguiu ser mais reacionário que o rei.

Yúdice Andrade disse...

Alguém avise ao cabo eleitoral anônimo que Jader Barbalho esteve livre todos esses anos. Afinal, os inquéritos e ações penais existentes contra ele, no Supremo Tribunal Federal, não saem do lugar.
Aliás, caso ele não consiga mesmo o mandato de senador, voltará a ser gente como a gente e os processos em questão descerão para um juiz de primeiro grau. E talvez essa não seja uma perspectiva muito agradável para ele.

André Carim disse...

Parabenizo o blog pela postagem democrática, postura recorrente deste espaço, sendo este um dos motivos que me fazem freqüentá-lo diariamente. Negar a expressiva votação recebida por Jader, apesar da imensa campanha difamatória feita por segmentos da imprensa e da própria Justiça, é negar a vontade soberana do povo paraense. A Lei da ficha limpa é adequada, correta, porém o anseio de alguns setores da sociedade para sua aplicação imediata, ao arrepio da Constituição, é descabido e golpista. Nem imagino quais interesses seriam contrariados com a supressão de Jader do Senado, porém afirmo que não seriam os interesses do povo. Nunca a frase do Príncipe Hamlet, personagem de William Shakespeare, coube tão bem em um episódio republicano: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”.