[...] A presente ordem constitucional brasileira autoriza a formulação do juízo de que o caminho mais curto entre a verdade sobre a conduta dos detentores do Poder e o conhecimento do público em geral é a liberdade de Imprensa. A traduzir, então, a ideia-força de que abrir mão da liberdade de Imprensa é renunciar ao conhecimento geral das coisas do Poder, seja ele político, econômico, militar ou religioso. Um abrir mão que repercute pelo modo mais danoso para a nossa ainda jovem democracia, necrosando o coração de todas as outras liberdades. Vínculo operacional necessário entre a imprensa e a Democracia que Thomas Jefferson sintetizou nesta frase lapidar: ‘Se me coubesse decidir se deveríamos ter um governo sem jornais, ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última solução’”.
Carlos Ayres Britto (na foto), ministro do Supremo Tribunal Federal, ao deferir parcialmente liminar que permita a volta das sátiras políticas sobre candidatos em campanha eleitoral.
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