sexta-feira, 27 de agosto de 2010
“Aqui é assim, aqui não tem lei, não”
Vocês viram?
Se não viram, vejam aí.
É a reportagem que o “Jornal Nacional” de ontem exibiu.
Na telinha, Jacundá, A quinta cidade mais violenta do Pará, o Estado com maior número de homicídios em toda a região Norte e a segunda maior taxa de homicídios do País.
“Aqui é assim, aqui não tem lei, não”, diz um rapaz, menor de 16 anos, flagrado pelo repórter Ernesto Paglia na direção de uma moto.
“Aqui tem violência assassinatos, bandidagem”, completa outra moradora.Com vocês, Jacundá!
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5 comentários:
Os cumpanherus xiitas (ainda existe xiita original no pt?) vão dizer que o Ernesto Paglia é um burguês a serviço do imperialismo tucano-no-tucupí.
Tava fazendo campanha para derrubar o maravilhoso-mega-ótimo gobierno da "terra de direitos".
Daqui, donde a governadora "se preocupa com o povo", sabe né?
Caro poster, seria interessante você ampliar essa amostragem. Quantos outros "Jacundás" temos no nosso estado? Como são outras cidades que a Televisão Local trás notícias semelhantes: Tailândia, Ourilândia do Norte, Eldorado dos Carajás .. etc.
Cada povo tem o governante que merece.
Bem feito!
Caro Bemerguy,
Jacundá é apenas um bom exemplo de tantos outros municípios no Pará que vivem essa realidade de violência alimentada por uma espiral delituosa originada dentro da SEMA e mantida pela conivência e até associação de muitas autoridades estaduais. Cansei de denunciar as fraudes que partem de dentro do centro do poder instalado nessa Secretaria Estadual.
Aliás, a senhora governadora compareceu em público junto a um antigo líder ruralista para dizer com todas as letras que tudo aquilo combatido pela campanha "Carne Legal" (trabalho escravo, grilagem, lavagem de dinheiro, sonegação, desmatamento ilegal), mas tudo mesmo, não existe, que todo esse empenho do Ministério Público Federal contra toda essa sorte de ilegalidades é uma farsa. Evidente crime de responsabilidade, mas nenhuma autoridade reagiu.
Todos foram testemunhas do esforço desesperado do prefeito de Paragominas Adnan Demachki para impedir o desmatamento de 2 fazendas cujas florestas seriam transformadas em carvão. Depois de o Município de Paragominas ter usado de todos os meios legais (obtendo liminar num Pedido de Suspensão de Liminar deferido pelo desembargador Rômulo Nunes) para impedir o cumprimento de uma ordem judicial e da autorização de desmatamento dado pela SEMA, para surpresa geral surgiu mais um ato celerado desse governo: um acordo assinado pelo procurador geral do Estado autorizava o desmatamento, em claro conluio entre a autoridade estadual e o carvoeiro, a fim de fazer perder o objeto da medida obtida no Tribunal. Mas um decreto corajoso do prefeito voltou a impedir a derrubada daquela floresta. Ou seja, o prefeito teve que fazer um esforço hercúleo para combater a dedicação do Governo Estadual em trazer o atraso e a degradação já vencidos por anos de trabalho.
No debate ocorrido na RBA, a governadora teve a audácia de citar como conquista do seu governo a instalação de uma fábrica de MDF em Paragominas onde esse governo não fez nenhum investimento sequer. Pelas atitudes retrógradas e corruptas desse governo, típicas de ditaduras africanas, Paragominas e outros municípios seriam também uma Jacundá, terra arrasada no atraso e na destruição ambiental e humana (e alguns são mesmo - aliás, em razão das sociedades de “empresários” locais com eminências do PT, o município de Anapú é só devastação florestal e um fogaréu permanente, onde a Arco de Fogo não põe os pés por ordem expressa de Brasília - e isto é fato).
Podemos dizer que Jacundá é o retrato da política sócio-ambiental do governo Ana Júlia para o Pará, onde, nos últimos 4 anos, a única coisa que foi pra frente foi o atraso.
Estão todos corretos, antes de Ana Júlia estas terras não eram o Pará, na verdade aqui era o PARAiso. Nossa, como o Pará se tornou esse pesadelo em tão pouco tempo? me lembro de Jacunda, parecia aquela obra de Gonçalves Dis, a Canção Exílio. Em Jacunda não havia carvoria ilegal, tão pouco serrarias clandestinas, as crianças viviam em creches e quando cresciam mais iam para escolas em tempo integral, era o paraiso mesmo, todo mundo obedecia a lei, a vida humana valia mais que ouro, ai, vem essa Carepa e destroi tudo em menos de 4 anos, como pode isso? e Paragominas nem se fala, ali sim era o mais maravilhoso lugar do mundo, até hoje não entendo por que era chamada de Paragobala, quanta injustiça com Paragominas. Pobre Ana Júlia. Não vou nem falar em Marabá, que está eatagnada e caminha para o fim, ou Castanhal, outra que parou no tempo, ou Parauapebas, ou Canaâ, não, no Pará não tem nada que preste. Só a pobre Jacundá.
Paulo
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