terça-feira, 4 de maio de 2010

As notas e os seus ditos enviesados

Às vezes, sinceramente, há certas notas que exigem outra nota – ou outras – para que se possa alcançar exatamente o que pretendem dizer.
É o caso, por exemplo, da nota divulgada pelo governo do Estado sobre as sete caixas enviadas à Assembleia, cheias de resultados das trocentas auditorias feita pela Auditoria Geral do Estado no governo petista, deve janeiro de 2007 até maio do ano passado.
Pois é.
A nota afirma, lá pelas tantas, que as "informações repassadas pela então auditora geral do Estado, Tereza Cordovil, à Assembleia Legislativa do Estado, serão devidamente analisadas na medida em que o conhecimento pleno de seu conteúdo esteja configurado".
O quê?
“[...] na medida em que o conhecimento pleno de seu conteúdo esteja configurado”.
O que é mesmo isso, hein?
O que significa?
Presume-se – presume-se observem bem – que para o governo do Estado ainda não está configurado o “conhecimento pleno” do conteúdo.
Conteúdo de quê?
Das auditorias cujos resultados foram remetidos à Assembleia.
Mas vocês acreditam mesmo nisso?
Que a dra. Tereza Cordovil, com sua seriedade, sonegaria ao próprio governo que integrava os resultados de auditorias que daraia a conhecer apenas – e em primeira mão – à Assembleia Legislativa?
Vocês acreditam mesmo que isso seria possível?
Que isso faz sentido?
Mas é isso, pelo menos, o que a nota diz.
Agora, se o que a nota disse não é o que pretendeu dizer, então redija-se outra nota para dizer outra coisa.
Para deixar o dito pelo não dito, portanto.

4 comentários:

Anônimo disse...

Não vejo equivoco nessa afirmação. Ora, a auditora remeteu sete caixa à ALEPA, sem informar ao governo (não que isso fosse necessário). Como este não sabe o que tá lá dentro, precisa conhecer o seu conteúdo. Alguns, ou todos, de seu conhecimento, mas, por enquanto, não sabe de seu conteúdo.

Anônimo disse...

ISSO É MENTIRA DO GOVERNO! dizer que desconhece o conteúdo! justamente por conhecer é que impediu o envio há mais tempo. E digo mais, vários Auditores da AGE, estiveram nos órgãos auditados para ajudarem os gestores e técnicos a "taparem o sol com a peneira", foi o caso da SEDES, onde estiveram por lá depois das auditorias, nos meses de janeiro e fevereiro. Portanto, acredito que essas auditorias enviadas, estão todas camufladas.Acontece, que alguns técnicos possuem o relatório das primeiras auditorias, e, se forem comparar com a que foi prá ALEPA, vão detectar a diferença.Talvez seja mais isso o receio da Dra. Tereza.

Anônimo disse...

Deixem de futricar o que não sabem!!!! Qualquer auditoria encontra problemas, entrem na página do TCU e vejam todos os problemas detectados nos diversos órgãos da administr~ção federal direta e indereta. Estão fazendo tempestade em copo d´água!!!!

Anônimo disse...

É anônimo das 22:22, então tá!vamos ver quando estiverem expostas.